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Registro de autoridade
FRANCHI, Carlos

Carlos Franchi nasceu em Jundiaí, SP, em 15 de agosto de 1932. Teve duas formações: Bacharel e Licenciado em Letras Neolatinas pela PUC-Campinas (1954) e Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da USP (1968). Franchi abraçou as duas profissões por certo tempo. Foi professor concursado de Português e Latim em Jundiaí (1951-1955) e Itatiba (1955-1957), e professor também por concurso do Colégio de Aplicação da USP - Universidade Estadual de São Paulo (1957-1971). Entre 1960 e 1961, foi Professor instrutor de didática especial do português na Faculdade de Educação da USP. Entre 1968 e 1969, Franchi regeu aulas de literatura e teoria da literatura na Universidade Nossa Senhora da Medianeira (Jesuítica) de São Paulo. Entre 1967 e 1969, coordenou a área de Português nos Ginásios Pluricurriculares do Estado de São Paulo e fez pós-graduação em Teoria Literária na USP com Antonio Candido. Com problemas em Jundiaí, desde 1964, por advogar para presos políticos, a partir de 1968 a situação começou piorar. Aconselhado por Antonio Candido, Franchi deixou a Teoria Literária, seguindo para Besançon como bolsista ao lado de Haquira Osakabe, Rodolfo Ilari e Carlos Vogt, grupo formado para estudar na França, seguindo um projeto idealizado pelo filósofo Fausto Castilho que visava organizar a área de ciências humanas na Unicamp e que englobava um projeto de formar um Departamento de Linguística. Depois de um período na Université de Franche Comté, em Besançon, onde estudou com Jean Peytard e Yves Gentilhomme e se licenciou em linguística em 1970, Carlos Franchi, ao contrário dos outros três que foram para Paris, seguiu para a Université d´Aix Marseille em Aix-en-Provence, onde estava o amigo Michel Lahud e onde estudou com Claire Blanche Benveniste, Gilles-Gaston Granger e, através de Jean Stéfanini, entrou em contato com os trabalhos de Noam Chomsky. Em 1971, defende sua dissertação de mestrado nessa instituição, sob a orientação de Blanche Benveniste: 'Hypothèses pour une recherche em Syntaxe'. No retorno ao Brasil, teve atuação decisiva na implantação do Departamento de Linguística da Unicamp, tornando-se Assistente-Mestre e Chefe do departamento, cargos que ocupou entre 1971 e 1975. Na função, coordenou a Comissão Organizadora dos Cursos de Pós-graduação em Linguística e dirigiu a primeira expansão do corpo docente em 1973, quando foram contratados professores do Programa de Pós-graduação em Linguística da UFRJ. Em 1976, após um estágio, sob orientação de Marcelo Dascal, na Universidade de Tel-Aviv para pesquisas em Lógica e Linguagem, defende sua tese de doutorado na Unicamp, 'Teoria Funcional da Linguagem', e se torna Professor Doutor. No ano seguinte, o Departamento de Linguística desligou-se do IFCH, cria-se o Departamento de Teoria Literária e é instalado o IEL. Franchi foi Diretor Associado entre 1977 e 1978, durante o mandato do Prof. Antonio Candido. Em 1979 torna-se o Diretor do IEL, cargo que exerceu até 1982, e assume o cargo de Professor Titular até a sua aposentadoria em 1989. Nesse período, foi presidente da ABRALIN - Associação Brasileira de Linguística entre 1977 e 1979, ano em que Franchi pediu afastamento temporário de suas funções de Diretor do IEL e, contando com o apoio da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, foi Visiting scholar junto ao departamento de línguas hispânicas da State University of New York, em Albany (EUA). Entre 1980 e 1981, fez um Estágio de Pós-doutoramento na Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA). Após a aposentadoria na Unicamp foi pesquisador visitante no Departamento de Linguística da FFLCH/USP entre 1989 e 2000 e Professor convidado na Unicamp a partir de 1992. Atuou também como Professor visitante em várias universidades brasileiras: UFSC, UNESP, UFRGS, UFRJ, UFRN, UFAL e USP. 'A produção científica do Prof. Franchi é altamente informal, tendo preferido a exposição em seminário ao impresso, e o 'working paper' ao livro, mas é ampla e influente. Trata de temas à primeira vista disparatados, como a sintaxe gerativa-transformacional, o ensino de língua materna e a lógica que subjaz às operações linguísticas, mas tem, a unificá-la, as características da densidade crítica e da riqueza da informação bibliográfica, assim como o retorno sempre enriquecedor a motivos que se revelaram profícuos em vários campos da investigação linguística, como a tese da indeterminação das línguas naturais, a tese de sua historicidade e a de que sua construção depende de um trabalho coletivo que compromete com a história as competências simbólicas mais fundamentais do ser humano' (ILARI, 2002, p. 85). Franchi morreu em 25 de agosto de 2001 em Campinas, SP, 22 dias após receber o título de Professor Emérito da Unicamp.

Fragoso
Fortunato Antônio Badan Palhares
Pessoa · 1943 - atualmente

O Prof. Dr. Fortunato Antônio Badan Palhares, nascido em São Paulo–SP em 27 de junho de 1943, é um renomado médico legista, professor universitário e pesquisador com uma vasta trajetória acadêmica e profissional, especialmente na área de Medicina Legal. Sua formação acadêmica é extensa e diversificada, abrangendo cursos técnicos, graduações, especializações e doutorado. Ele concluiu o Curso Técnico de Laboratório de Análises Clínicas pela FCM/Unicamp em 1967, formou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra, Portugal (1967-1971), e também pela FCM/Unicamp (1971-1974). Em 1985, obteve seu doutorado na Unicamp, com a tese intitulada "Efeitos Lesivos Causados pelo Uso Indiscriminado do Gás Lacrimogênio ‘CN’". Além disso, especializou-se em Medicina Legal pelo Conselho Federal de Medicina do Estado de São Paulo.

Trajetória na Unicamp

Na Unicamp, destacou-se por sua atuação tanto acadêmica quanto administrativa. Foi técnico de laboratório no Departamento de Histologia e assumiu diversas funções como docente no Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal, que posteriormente originou o Departamento de Medicina Legal. Sua progressão acadêmica incluiu cargos de Professor Assistente e Professor Doutor, alcançando posições de liderança, como chefe e vice-chefe do departamento em diferentes períodos (1986-1995). Também coordenou importantes iniciativas, como a integração do Centro Regional de Maus Tratos na Infância ao departamento e o emblemático Projeto Ossadas de Perus (1990-1991), que visava identificar restos mortais de vítimas de violência política durante a ditadura militar brasileira.

Entre outras responsabilidades, foi coordenador de disciplinas na área de Medicina Legal, membro da Comissão de Ética Médica e presidente da Comissão de Revalidação de Diplomas Estrangeiros da FCM/Unicamp, além de atuar no setor pericial do departamento.

Atuação Externa

Fora da Unicamp, Dr. Badan Palhares contribuiu em instituições como o Instituto de Anatomia Patológica e Citopatologia de Campinas, Pontifícia Universidade Católica de Campinas e o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo e Campinas, onde atuou como médico legista efetivo. Foi professor de Medicina Legal no Instituto Médico Legal de São Paulo e na Academia Nacional de Polícia de Brasília. Também ocupou cargos de liderança em entidades como a Sociedade Brasileira de Medicina Legal, sendo vice-presidente em 1986, e o Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância.

Reconhecimentos e Impacto

Sua carreira é marcada pela excelência no ensino, pesquisa e prática médica, com contribuições significativas à Medicina Legal, perícia forense e ética médica. Foi consultor “ad hoc” de importantes órgãos de pesquisa e membro ativo em conselhos e comissões dedicadas à ética médica, evidenciando seu compromisso com a formação de profissionais e o fortalecimento da ciência no Brasil.

Dr. Badan Palhares é reconhecido como um dos principais especialistas brasileiros em Medicina Legal, com impacto relevante na formação acadêmica, perícia científica e investigações que contribuíram para a justiça e a preservação dos direitos humanos.