José Oswald de Souza Andrade nasceu no dia 11 de janeiro de 1890, na cidade de SP, filho de José Oswald Nogueira de Andrade e Inês Henriqueta de Souza Andrade. Sua educação inicialmente se deu com professores particulares, passando, em 1900, à escola Modelo Caetano de Campos e, no ano seguinte, ao Ginásio Nossa Senhora do Carmo e em 1903 ao Colégio São Bento onde conclui os estudos em Humanidades em 1908, ano que ingressa na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco e interrompe o curso, que só concluirá em 1919. Em 1909 inicia sua vida profissional como redator e crítico de teatro para o jornal 'Diário Popular'. Monta, em 1910, junto com o pintor Oswaldo Pinheiro, um ateliê. Nesse ano ele conhece o RJ onde fica hospedado na casa de seu tio, o escritor Inglês de Souza, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. No ano seguinte, usando recursos financeiros de sua mãe, funda o periódico 'O Pirralho'. Embarca para a Europa em 1912, onde conhece vários países e a jovem dançarina Carmen Lydia. Nesse período trabalha como correspondente do 'Correio da Manhã'. Em setembro desse ano sua mãe falece. Volta ao Brasil com a estudante francesa Henriette Denise Bouflers, a Kamiá, e reassume o posto de redator de 'O Pirralho' até o fim desta publicação em 1917. Em 1913 publica 'A Recusa' (drama). No ano seguinte Kamiá dá à luz a seu primeiro filho, José Oswald Antônio de Andrade, o Nonê. Em 1915 chega ao Brasil, Carmen Lydia com quem mantém rumoroso envolvimento. Dois anos depois participa com Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto e Di Cavalcanti, do primeiro grupo modernista e realiza com vários colaboradores a composição de 'O Perfeito Cozinheiro das Almas desse Mundo...'. Em fevereiro de 1919 morre seu pai. Casa-se 'in extremis' com Maria de Lourdes Castro Dolzani de Andrade (Miss Cyclone), que havia colaborado em algumas de suas obras. Foi um dos principais idealizadores da 'Semana da Arte Moderna' de 1922. Nesse ano começa sua amizade com Tarsila do Amaral, no ano seguinte viaja com ela pela Europa. Em 1924 sai no 'Correio da Manhã' seu 'Manifesto da Poesia Pau Brasil', período em que excursiona, em companhia de outros intelectuais brasileiros e do poeta francês Blaise Cendrars, pelas cidades históricas de Minas Gerais. Publica 'Memórias Sentimentais de João Miramar'. Viaja pela Europa e assume endereço definitivo em Paris na companhia de Tarsila, onde vive até 1929. Em 1925 publica 'Pau Brasil' (poemas). No ano seguinte, numa visita ao Brasil, casa-se com Tarsila. Publica ainda nesse ano 'Serafim Ponte Grande' na 'Revista do Brasil'. Em 1927 publica 'A Estrela do Absinto' e o 'Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade' e, no ano seguinte, o 'Manifesto Antropofágico' na 'Revista da Antropofagia'. Em 1929 rompe com Tarsila e parte em viagem para a Bahia acompanhado de Patrícia Galvão, Pagú, com quem se casaria em abril de 1930 em cerimônia realizada em um cemitério. Pagú dá à luz Rudá Poronominare Galvão de Andrade. Oswald publica várias obras de cunho político, engaja-se no Partido Comunista e lança 'Serafim Ponte Grande' como livro. Em 1934, deixa Pagú e une-se a pianista Pilar Ferrer. No mesmo ano, publica 'A Escada Vermelha' e 'O Homem e o Cavalo', e assina contrato antenupcial com regime de separação de bens com Julieta Bárbara Guerrini, com quem se casaria em 1936. Escreve, em 1937, 'O País da Sobremesa' e publica as peças 'A Morta' e 'O Rei da Vela'. Dois anos depois escreve 'O Lar do Operário'. Em 1942 publica 'Cântico do Cânticos para Flauta e Violão', obra dedicada à Maria Antonieta d´Alkmin, com quem se casaria em 1943, e 'Marco Zero I: A Revolução Melancólica'. Em 1945 sai 'O Sentido da nacionalidade no Caramuru e no Uruguai' e 'A Arcádia e a Inconfidência' e nasce sua filha Antonieta Marília. Lança uma coletânea de artigos intitulada 'Ponta de Lança' e publica 'A Sátira na Poesia Brasileira', 'Poesias Reunidas' e 'Marco Zero II - Chão'. Lança um manifesto ao 'Povo de São Paulo, Trabalhadores de São Paulo, Homens Livres de São Paulo', e escreve 'Canto do Pracinha Só'. Rompe definitivamente com Carlos Prestes e com o Partido Comunista. Publica 'A Lição da Inconfidência' e 'O Escaravelho de Ouro'. Em 1948 nasce seu filho Paulo Marcos e, no ano seguinte, viaja com o escritor francês Albert Camus pelo interior do Brasil para assistir a festa do Divino. Em 1950 escreve 'O Antropófago' e lança 'O Santeiro do Mangue', em versão definitiva. Participa de concurso para provimento da Cadeira de Filosofia na FFLCH/USP, ocasião em que defende a tese 'A crise da filosofia messiânica', sem êxito. Candidata-se a deputado federal pelo PRT. Escreve, em 1952, 'Introdução a antropofagia' e, dois anos depois, publica o primeiro volume de 'Memórias - Um homem sem profissão' e é indicado para ministrar um curso de cultura brasileira em Genebra. No dia 22 de Outubro de 1954, falece em sua residência na cidade de SP, onde está sepultado em jazigo da família no cemitério da Consolação.
O Projeto Integrado em Neurolinguística está em vigência desde 1992 e tem dois objetivos centrais: a elaboração de um Banco de Dados em Neurolinguística (BDN), a partir da transcrição de dados registrados em áudio, de 1990 a 1996, e em vídeo, a partir de 2001, do Centro de Convivência de Afásicos (CCA). Este banco é organizado por um sistema de busca abrangente, de modo que várias frentes de pesquisa possam se estabelecer. O segundo objetivo deste projeto diz respeito à formulação de princípios e versões protocolares discursivamente informados a constarem na avaliação de patologias da linguagem que podem afetar sujeitos-falantes que partilham uma mesma língua e cultura. Por isso, neste projeto investigam-se as possibilidades de relações implicadas nos diversos processos de significação em funcionamento: da semiose verbal com a não verbal e de aspectos linguístico-cognitivos com as diversas referências sócio-culturais. Considera-se que tanto a formulação de um banco de dados, derivado de dados obtidos em uma perspectiva discursiva, quanto mecanismos e processos (neuro)linguísticos envolvidos no conhecimento das dificuldades e possibilidades de reorganização do estado cognitivo geral do sujeito afásico, possam interessar a diferentes investigações acerca do funcionamento da linguagem e de relações entre o normal e o patológico. Diferentemente da tradição de se avaliar a linguagem no contexto patológico a partir de atividades essencialmente metalinguísticas, descontextualizadas e assentadas na variedade culta (escrita) e normativa do português, este projeto coloca sob bases discursivas o processo de natureza heurística de avaliação da linguagem, o que quer dizer avaliar o funcionamento da linguagem em meio a práticas discursivas que fazem sentido aos sujeitos falantes em questão, considerando, pois, as variedades vernaculares do português brasileiro e as diferentes configurações textuais em que podem se apresentar. Fontes: Currículo Lattes da Profa. Dra. Maria Irma Hadler Coudry e material sobre o projeto no site da CNPq. Disponível em: http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0079801CJCPEHZ. Acesso em: 29.08.2013.
O projeto de Aquisição da Linguagem Oral foi criado na década de 1970, por iniciativa conjunta das professoras Cláudia Thereza G. de Lemos (coordenadora do projeto), Maria Fausta C. P. de Castro, Maria Cecília Perroni, Rosa Attié Figueira e Éster Mirian Scarpa. O objetivo foi o de analisar e discutir questões teórico-metodológicas concernentes aos processos de aquisição da linguagem oral. Como resultante das atividades do projeto, as pesquisadoras produziram um corpus constituído por gravações sistemáticas da fala de crianças de 0 a 5 anos, isto é, por registros em áudio do processo de aquisição da linguagem oral.