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Registro de autoridade
Bernardo Élis

Bernardo Elis Fleury de Campos Curado nasceu em Corumbá de Goiás, GO, em 15 de novembro de 1915. Filho do poeta Érico José Curado e de Marieta Fleury Curado, o titular iniciou os estudos primários com seu pai, por quem teve o gosto pela literatura despertado. Em 1928, viajou com a família para Goiânia onde concluiu o curso ginasial no Liceu de Goiás (1937). Foi obrigado a parar de estudar por dois anos e só veio a concluir seus estudos em 1940, no curso clássico do Colégio Estadual de Goiânia.Em 1944, casou-se com a poetisa Violeta Metran, com quem teve três filhos: Ivo, Silas e Simeão. Formou-se em Direito, no ano seguinte, pela Faculdade de Direito de Goiânia.Profissionalmente, iniciou carreira pública em 1934, como tesoureiro da Prefeitura Municipal de Corumbá de Goiás. Em 1936, tornou-se escrivão da Delegacia Especial de Polícia em Anápolis e, nesse mesmo ano, foi nomeado Delegado de Polícia de Corumbá de Goiás, tendo mudado ainda, em 1938, para a função de escrivão do Cartório do Crime, no mesmo município. No ano seguinte, transferiu-se para Goiânia, onde foi nomeado secretário da Prefeitura Municipal, permanecendo nesse cargo até 1942, quando passou uma temporada na cidade do Rio de Janeiro, regressando em 1943 para Goiânia, onde assumiu o cargo de técnico do Departamento Estadual de Assistência ao Cooperativismo de Goiás. A partir de 1945, passou a dedicar-se também ao magistério como professor de história, geografia e língua portuguesa, na Escola Técnica de Goiânia e no ensino público estadual e municipal. Exerceu ainda, entre 1945 e 1968, a função de advogado. Entre 1970 e 1978, desempenhou as funções de Assessor Cultural junto ao Escritório de Representação do Estado de Goiás, no Rio de Janeiro e, no regresso, reassumiu o cargo de professor na Universidade Federal de Goiás. Desempenhou a função de Diretor Adjunto do Instituto Nacional do Livro, em Brasília, de 1978 a março de 1985. Em 1986, foi nomeado para o Conselho Federal de Cultura, onde permaneceu até a extinção do órgão, em 1989.Fundou, em 1943, a revista literária Oeste, e publicou, nas páginas deste periódico, o conto Nhola dos Anjos e a Cheia do Corumbá. No ano seguinte lançou seu primeiro livro de contos, Ermos e Gerais, pela Bolsa de Publicações de Goiânia "Hugo de Carvalho Ramos". Participou do 1º Congresso de Escritores de São Paulo (1945) e conheceu vários literatos, entre os quais podemos destacar: Aurélio Buarque de Hollanda, Mário de Andrade e Monteiro Lobato. Voltando para Goiânia, fundou a Associação Brasileira de Escritores, tendo sido eleito presidente por vários biênios.Publicou A Terra e as Carabinas (1951), romance em folhetim, Primeira Chuva (1953), poesias, e O Tronco, romance pelo qual recebeu o prêmio Jabuti, oferecido pela Câmara Brasileira do Livro, em 1968.Foi um dos fundadores, vice-diretor e professor do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade Federal de Goiás (1961-1964), depois foi professor de Literatura na Universidade Católica de Goiás (1965-1967). Durante esse período, lançou mais dois livros de contos, Caminhos e Descaminhos (1965) e Veranico de Janeiro (1966). O primeiro obteve o prêmio Affonso Arinos da Academia Brasileira de Letras e o segundo recebeu o Prêmio Jabuti e o Prêmio José Lins do Rego.Em 1972, recebeu o Prêmio Sesquicentenário da Independência, por um estudo realizado sobre o Marechal Xavier Curado, criador do Exército Nacional. Publicou neste período outros livros de contos, ensaios e crônicas. Em 1987, publicou sua Obra Reunida pela coleção Alma de Goiás, da Editora José Olympio, incluindo o romance inédito Chegou o Governador.Faleceu em sua cidade natal, no dia 30 de novembro de 1997.

Bernardo Caro

Bernardo Caro nasceu em 05 de dezembro de 1931, na cidade de Itatiba-SP. Graduou-se em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Defendeu a tese de doutorado intitulada: “Sempre – O Repensar de um Percurso Artístico,” na Universidade Estadual de Campinas, em 1986. Na Unicamp, iniciou suas atividades como Professor Titular junto ao Departamento de Artes Plásticas, em 1983, onde colaborou em sua estruturação. Dentre os cargos ocupados, destacam-se: Chefe do Departamento de Artes Plásticas (15.12.1983 a 24.11.1986 21.04.1987 a 14.12.1988) Diretor Associado (25.11.1986 a 20.04.1987). Aposentou-se em 1991, porém continuou exercendo suas atividades como professor convidado e posteriormente como professor voluntário.

Bernardo Beiguelman
Pessoa · 1932 - 2010

O Prof. Dr. Bernardo Beiguelman (1932-2010), natural de Santos–SP, é amplamente reconhecido como um dos pioneiros da Genética Médica no Brasil. Sua atuação visionária na área deixou um legado significativo na pesquisa, no ensino e na estruturação da genética médica no país.

Trajetória Acadêmica

Formado em História Natural pela USP (1953), obteve o título de Doutor em Ciências Biológicas pela mesma instituição em 1961 e tornou-se Livre-docente em Genética pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP em 1969. Beiguelman fundou em 1963 o Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (FCM/Unicamp), o primeiro no Brasil dedicado exclusivamente à área. Além disso, criou o Ambulatório de Genética Clínica em 1969, consolidando a genética como parte essencial da prática médica.

Na Unicamp, foi também o primeiro Pró-Reitor de Pós-Graduação e atuou como professor e coordenador do Departamento de Genética Médica até sua aposentadoria em 1997. Em reconhecimento por suas contribuições, foi nomeado Professor Emérito da Unicamp em 2004.

Contribuições Científicas

As pesquisas de Beiguelman abordaram temas inovadores e de grande impacto na genética médica e na saúde pública. Entre seus trabalhos mais notáveis estão:

  • Resistência e suscetibilidade hereditária à hanseníase (lepra): pioneiro no estudo da influência genética na vulnerabilidade à doença.
  • Genética antropológica: estudos sobre diversidade genética de populações brasileiras.
  • Epidemiologia de gêmeos: pesquisas que ampliaram o entendimento sobre a biologia da reprodução humana.
  • Epidemiologia genética na Amazônia: investigações sobre doenças transmissíveis comuns na região.

Seus estudos trouxeram informações importantes sobre a interação entre genética e saúde, ajudando a moldar políticas públicas e estratégias de prevenção.

Reconhecimentos e Participações

Dr. Beiguelman acumulou uma série de homenagens e títulos ao longo de sua carreira. Ele foi:

  • Conselheiro da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 1972 e 1992.
  • Presidente da Sociedade Brasileira de Genética e da Associação Latino-Americana de Genética (1970-1972).
  • Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
  • Recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico (2004) e a Medalha do CNPq (1981), além de homenagens em diversos eventos científicos e placas comemorativas na Unicamp.

Legado

O trabalho de Bernardo Beiguelman não apenas abriu caminhos para o desenvolvimento da Genética Médica no Brasil, mas também contribuiu para o avanço global na compreensão de doenças hereditárias e transmissíveis. Seu impacto vai além da pesquisa, refletindo-se na formação de gerações de profissionais e no fortalecimento da ciência brasileira.

Bernardo Beiguelman

Bernardo Beiguelman nasceu em 15 de maio de 1932, em Santos, SP. Licenciou-se em História Natural pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo - USP, e especializou-se em Biologia em 1953. Em 1959, fez outra especialização em Genética Humana, e em 1961, Doutorado em Ciências pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo - USP. Obteve o título de Livre Docente em Genética pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto pela Universidade de São Paulo - USP, em 1969. Em 1963, foi contratado como Professor da Disciplina de Genética do Curso de Medicina do então Instituto de Morfologia da Universidade Estadual de Campinas. Foi Professor de Citogenética Humana do curso de Pós-Graduação em Imunologia do Instituto de Biologia - IB/ UNICAMP de 1971 a 1973, e então transferido para a Faculdade de Ciências Médicas - FCM. Bernardo Beiguelman contribuiu para a fundação do Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP, o primeiro do gênero no país e em 1969. Fundou também o primeiro Ambulatório de Genética Clínica do Brasil, Unidade de Hemoglobinapatias (importante problema de saúde publica) Unidade de Farmacogenética Unidade de Cultura de Tecidos e Citogenética Unidade Padrão de Estudos dos Grupos Sanguíneos Eritrocitários Genética Aplicada a Doenças Transmissíveis. Foi homenageado durante 12 anos consecutivos pelas turmas da FCM da UNICAMP. Aposentou-se em 1982, mas continuou trabalhando como Professor Colaborador no Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas. Após 1997, Bernardo Beiguelman mantém vínculo não-remunerado com o curso de pós-graduação em Genética do Instituto de Biologia - IB da Unicamp. Dentre os cargos aos quais Bernardo Beiguelman ocupou destacam-se: Coordenador da Comissão de Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas/UNICAMP (1991) Pró-Reitor de Pós-Graduação UNICAMP (1986-1990) Chefe de Departamento de Genetica Médica da Faculdade de Ciências Médicas - FCM/UNICAMP (1981-1982 e 1990-1991) Conselheiro (Adviser), Organização Mundial da Saúde (1972) Patrono da turma "Organização Mundial da Saúde"(1971) Supervisor do Banco de Sangue da Faculdade de Ciências Médicas (1965-1966) Diretor do Instituto de Morfologia (1964) Presidente da Sociedade Brasileira de Genética (1970) Presidente da Associação Latino-Americana de Genética (1970).