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Registro de autoridad
Entidad colectiva · 1982-1999

O 13 de Maio – Núcleo de Educação Popular iniciou suas atividades na cidade de São Paulo em 13 de maio de 1982, fundado a partir do racha com a Federação dos Órgãos para Assistência Social (FASE). A entidade de natureza anticapitalista, desenvolvia cursos de formação política para trabalhadores no intuito de capacitá-los para a militância. Por meio de diversos educadores por ela formados propagava essa formação para outros locais do país. O curso incluía assuntos tais como: comunicação de militantes, sindicatos, história do movimento operário, história das revoluções, dentre outros. Nesse sentido, acumulou materiais que fomentaram esse curso, bem como documentos sobre o funcionamento da instituição. Apesar da extinção da entidade, muitos dos monitores formados ainda se reúnem e mantêm-se atuantes. Alguns materiais de seu acervo encontram-se com seus participantes.

Cacilda Lanuza de Godoy Silveira
Persona · 1930-2018

Cacilda Lanuza de Godoy Silveira, filha de José De Albuquerque Silveira e Lanuza de Godoy Silveira, nasceu em Campina Grande, em 1 de setembro de 1930 e faleceu em São Paulo, em 17 de junho de 2018. Mãe de Sevani e Marcelo e avó de Amanda, Gabriel, Rafael e Tomás, Cacilda Lanuza foi atriz de rádio, cinema, televisão e teatro. Desde 1978, aposentada de sua profissão, dedicou-se integralmente às questões ambientais, principalmente à luta antinuclear. Organizou o primeiro evento público em defesa das baleias no Brasil em 1979. Autora e intérprete da peça “Verde que te Quero Verde”, em 1982 escreveu o livro “A Semente na Palma da Mão”, também de informações ecológicas. Fundou e presidiu por 13 anos o Grupo Seiva de Ecologia, cujo “boletim” também elaborava. Teve atuação decisiva na inclusão do Artigo 204, de proibição da caça, na Constituição de São Paulo em 1989, após longa e árdua batalha. Recebeu do CGE - Grupo Consciência Ecológica, o título de General na Ecologia. Foi mencionada no livro “Galeria dos Ecologistas” em 1997.

Entidad colectiva · 2000-2010

O grupo Mo.Le.Ca. – Movimento Lésbico de Campinas foi fundado em maio de 2000 por um conjunto de mulheres dissidentes de outro coletivo militante, o Identidade – Grupo de Luta pela Diversidade Sexual, também de Campinas. A iniciativa, de acordo com suas fundadoras, nasceu da necessidade de criação de um espaço para acolhimento e promoção de discussões voltadas especificamente à população lésbica da cidade. Um local seguro em que pudessem compartilhar experiências da vivência lésbica, evidenciar suas demandas, lutar contra os preconceitos que sofriam e que promovesse a inclusão dessas mulheres na sociedade de forma igualitária. Após a realização de uma reunião entre lésbicas, bissexuais e interessadas, em que discutiram suas impressões a respeito da criação do grupo, ficou decidido que o mesmo seria formado e dirigido exclusivamente por mulheres. O Mo.Le.Ca. se constituiu como organização sem fins lucrativos e, de acordo com suas integrantes, sua orientação baseava-se em princípios feministas. Entre seus objetivos estavam a promoção da visibilidade de mulheres homossexuais e seu fortalecimento social, educacional e político; incentivo da autoestima das mulheres lésbicas e bissexuais através da realização de atividades artístico-culturais e de ajuda mútua; além da reivindicação de políticas públicas favoráveis à afirmação política e social dessa população. Nesse sentido, durante os dez anos em que esteve ativo, produziu cinco edições da Mostra de Arte Lésbica, três edições do Curso de Cidadania Lésbica, dois curta-metragens, foi integrante da comissão organizadora das quatro primeiras edições da Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo, organizou junto dos grupos Identidade e NuDU a IV Manifestação Sáfica – Evento de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de Campinas (em 28 de junho de 2008), participou da fundação da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), atuou em conjunto a outros grupos militantes no Orçamento Participativo do Município de Campinas e na organização das primeiras edições da Parada do Orgulho Homossexual (atualmente Parada do Orgulho LGBT) realizadas na cidade. Apesar de ter desenvolvido diversos projetos relevantes para a militância lésbica e bissexual de Campinas, tendo inclusive se tornado Ponto de Cultura da cidade, o Mo.Le.Ca. encerrou suas atividades em 2010 devido a impossibilidade de suas integrantes se dedicarem integralmente ao grupo.

Quilombhoje Literatura
Entidad colectiva · 1980-

Fundado em 1980 por Cuti (Luiz Silva), Oswaldo de Camargo, Paulo Colina, Abelardo Rodrigues e outros, o grupo Quilombhoje nasceu com o objetivo de discutir e aprofundar a experiência afro-brasileira na literatura. O grupo tem como proposta incentivar o hábito da leitura e promover a difusão de conhecimentos e informações, bem como desenvolver e incentivar estudos, pesquisas e diagnósticos sobre literatura e cultura negra. As primeiras reuniões do grupo eram informais e ocorriam no extinto bar Mutamba, reduto de boêmios e intelectuais no centro da cidade de São Paulo. Ao longo do tempo as ações do Quilombhoje foram se diversificando. Em 1982, com a entrada de Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa, Miriam Alves e Oubi Inaê Kibuko, o grupo assumiu a organização dos “Cadernos Negros”, cuja edição, na época, era de responsabilidade de Cuti com apoio de Jamu Minka. Fundado em 1978 pelos escritores Cuti, Oswaldo de Camargo, Hugo Ferreira e Mário Jorge Lescano, os “Cadernos Negros” publicaram ou revelaram, intelectuais como Abdias do Nascimento, José Benedito Correia Leite, Lélia González, Conceição Evaristo, Míriam Alves, entre muitos outros. Ao longo do tempo, o grupo ficou mais conhecido pela organização da série. O Quilombhoje já organizou diversos livros, incluindo o livro de ensaios “Reflexões Sobre a Literatura Afro-brasileira”, cuja primeira edição foi lançada no III Congresso de Cultura Negra das Américas, além de novelas, peças de teatro, livros de contos e poemas. A fim de estimular o debate de ideias, o grupo elaborou, junto com o AMMA - Psique e Negritude, o livro “Gostando Mais de Nós Mesmos”, que aborda questões de relações raciais e autoestima. Desde a década de 90, o grupo promoveu diversas rodas de poemas, criou o Sarau Afro Mix, em 2002, e já organizou palestras, cursos e debates sobre literatura afro-brasileira. O trabalho desenvolvido pelo Quilombhoje tem colaborado para provocar o surgimento de outras atividades. Cursos, seminários e debates sobre literatura afro têm sido organizados por faculdades de letras e entidades interessadas nas questões literárias e raciais em vários lugares do Brasil. Editoras pretas foram surgindo e autores negros publicam cada vez mais. É a herança de escritores como Luís Gama, Cruz e Souza, Auta de Souza, Lima Barreto, Solano Trindade e Carolina de Jesus que se atualiza. Desde 1999, o grupo é organizado por Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa, que contam com o apoio de alguns colaboradores.