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Registro de autoridade
Centro de Memória e Arquivo
Entidade coletiva · 2008 - atualmente

O Centro de Memória e Arquivo da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) é uma unidade dedicada à preservação, organização e disseminação do patrimônio documental da instituição. Inaugurado em 26 de maio de 2008, o Centro integra três componentes principais: o Arquivo Setorial, o Grupo de Estudos História das Ciências da Saúde (GEHCSaúde) e a Comissão Setorial de Arquivos. Sua missão é garantir a preservação e o acesso às informações contidas em seus acervos, beneficiando tanto a comunidade acadêmica quanto o público externo, com foco em atividades de pesquisa, educação e promoção do conhecimento.

Estrutura Física

O Centro ocupa uma área de 600 m², organizada para atender suas diversas funções:

  • Recepção e Atendimento ao Pesquisador: espaço que também abriga atividades de catalogação e digitalização de documentos.
  • Área Administrativa: suporte para as operações internas.
  • Sala do Acervo Histórico: destinada à guarda de documentos em caráter permanente.
  • Sala do GEHCSaúde: utilizada para reuniões, apresentações e atividades relacionadas ao grupo de estudos.
  • Espaço Técnico: dedicado à higienização e ao processamento técnico da documentação.

Grupo de Estudos História das Ciências da Saúde (GEHCSaúde)

O GEHCSaúde foi criado em março de 2007 com o objetivo de fomentar o ensino, a pesquisa e a extensão relacionados à história das ciências da saúde. Seu foco está em promover uma compreensão aprofundada e contextualizada das ciências da saúde sob uma perspectiva histórica, abrangendo tanto estudos gerais quanto temas específicos de interesse da comunidade científica da FCM. O grupo também organizou eventos e promoveu ações educativas voltadas à valorização da história da área da saúde.

Contribuição para a Comunidade

O Centro de Memória e Arquivo da FCM desempenha um papel estratégico na preservação do patrimônio histórico da instituição, disponibilizando informações valiosas que auxiliam na produção de conhecimento e na valorização da história das ciências da saúde. Por meio de seu acervo e de atividades como digitalização, pesquisas históricas e eventos, o Centro busca conectar o passado ao presente, proporcionando um legado documental que beneficia tanto a academia quanto a sociedade.

Neusa de Oliveira Bonfante
Pessoa · 1948 - atualmente

Neusa de Oliveira Bonfante, nascida em 5 de dezembro de 1948, em Barretos-SP, construiu uma carreira marcada por sua dedicação à área da saúde e à administração acadêmica, especialmente no âmbito da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Sua trajetória profissional começou em 1968, como secretária no Ambulatório do Projeto Jardim dos Oliveiras, uma iniciativa coordenada pelos Professores Dr. José Aristodemo Pinotti e Dr. Miguel Ignácio Tobar Acosta. Após o encerramento do projeto em 1970, Neusa seguiu atuando como secretária na Clínica de Tocoginecologia e Patologia Mamária, que funcionava na Santa Casa de Misericórdia de Campinas, dirigida pelo Prof. Dr. Pinotti.

Em 1986, Neusa ingressou na Reitoria da Unicamp como secretária do Prof. Dr. Pinotti, acompanhando-o em sua trajetória institucional. Posteriormente, foi transferida para o Hospital da Mulher “Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti” (CAISM), onde também contribuiu com o Centro de Pesquisa e Controle das Doenças Materno-Infantis de Campinas como secretária do Prof. Dr. Luis Guillermo Bahamondes. Em 1996, retornou ao CAISM para atuar no Departamento de Tocoginecologia da FCM, permanecendo até sua aposentadoria em 2011. Sua atuação, pautada pela eficiência e comprometimento, foi fundamental para o suporte administrativo de importantes projetos acadêmicos e de assistência médica da Unicamp.

Departamento de Anestesiologia
Entidade coletiva · 1966 - atualmente

O Departamento de Anestesiologia (DA) da FCM/Unicamp foi estabelecido junto à fundação da própria faculdade, que iniciou suas atividades em 1963, consolidando-se como parte da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), instituição reconhecida nacional e internacionalmente por excelência em ensino, pesquisa e assistência à saúde. O DA surgiu para atender às demandas do ensino médico e da prática hospitalar no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, um dos maiores centros de referência do Brasil. Sua criação reflete a necessidade de integrar anestesiologia, medicina intensiva e controle da dor ao currículo médico e à estrutura hospitalar.

Principais Atividades

Ensino:

  • Oferece disciplinas obrigatórias e eletivas para graduação em Medicina, capacitando estudantes em técnicas anestésicas, manejo da dor e cuidados perioperatórios.
  • Coordena programas de residência médica em Anestesiologia, reconhecidos pela qualidade e abrangência, formando especialistas aptos a atuar em ambientes complexos.
  • Promove cursos de extensão e atualização para profissionais da saúde.

Pesquisa:

  • Desenvolve pesquisas em áreas como farmacologia anestésica, medicina perioperatória, terapias para dor crônica, segurança do paciente e medicina intensiva.
  • Participa de projetos interdisciplinares com outros departamentos da FCM e institutos da Unicamp, além de colaborações nacionais e internacionais.
  • Publica regularmente em periódicos científicos e contribui para inovações clínicas.

Assistência:

  • Atua no HC da Unicamp, garantindo anestesia segura para cirurgias eletivas e emergenciais, além de gerenciar unidades de terapia intensiva (UTI) e serviços de dor aguda e crônica.
  • Integra equipes multiprofissionais, reforçando a qualidade do atendimento em áreas como obstetrícia, oncologia e pediatria.
Departamento de Farmacologia
Entidade coletiva · 1966 - atualmente

O Departamento de Farmacologia da FCM/Unicamp foi estabelecido junto com a criação da própria faculdade, que integra a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fundada em 1966. A FCM iniciou suas atividades em 1963, antes mesmo da consolidação da Unicamp, destacando-se como uma das primeiras unidades a promover ensino, pesquisa e extensão em medicina no interior de São Paulo. O Departamento de Farmacologia surgiu como parte essencial dessa estrutura, alinhado à missão de investigar mecanismos de ação de fármacos, toxicologia e desenvolvimento de
terapias inovadoras.

Principais Atividades:

  1. Ensino:
    • Oferece disciplinas de farmacologia básica e clínica para cursos de graduação em Medicina, Enfermagem e áreas afins.
    • Participa de programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Farmacologia, Ciências Médicas e áreas correlatas, formando pesquisadores e profissionais qualificados.
  2. Pesquisa:
    • Desenvolve estudos em neurofarmacologia, farmacologia cardiovascular, farmacogenética, toxicologia e desenvolvimento de novos fármacos.
    • Mantém projetos em parceria com institutos nacionais e internacionais, hospitais universitários (como o HC/Unicamp) e indústrias farmacêuticas.
    • Publicações científicas em revistas de alto impacto e participação em congressos globais reforçam sua produção acadêmica.
  3. Extensão e Inovação:
    • Atua em projetos de divulgação científica e orientação sobre uso racional de medicamentos.
    • Contribui para políticas públicas de saúde, especialmente em toxicologia e segurança farmacológica.

O departamento é estratégico para a FCM por integrar conhecimentos básicos e aplicados, essenciais para a formação médica e a pesquisa translacional. Suas pesquisas impactam diretamente a compreensão de doenças e o desenvolvimento de tratamentos, alinhando-se à reputação da Unicamp como centro de excelência em ciências da saúde. Além disso, sua atuação multidisciplinar fortalece redes colaborativas, atrai financiamento (FAPESP, CNPq) e posiciona a universidade na vanguarda da inovação farmacológica no Brasil.

Departamento de Medicina Legal e Ética
Entidade coletiva · 1966 - atualmente

O Departamento de Medicina Legal e Ética (DML) da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp é uma unidade acadêmica dedicada ao estudo e à aplicação de conhecimentos interdisciplinares que unem medicina, direito, bioética e ciências forenses. Sua origem está ligada à necessidade de integrar a formação médica com aspectos éticos e legais da prática profissional, além de contribuir para a interface entre a medicina e a justiça.

Origem e Contexto

O DML foi estruturado em 1966, no contexto de consolidação da FCM/Unicamp. A criação do departamento reflete a visão da universidade de formar profissionais críticos, capazes de refletir sobre dilemas éticos e legais inerentes à medicina, além de atuar em questões forenses.

Principais Atividades

  1. Ensino:
    • Oferece disciplinas obrigatórias e optativas para graduação em Medicina, abordando temas como medicina legal, deontologia médica, bioética, tanatologia e perícias médico-legais.
    • Participa de programas de pós-graduação, capacitando profissionais para atuar em áreas como ética em pesquisa e ciências forenses.
  2. Pesquisa:
    • Desenvolve estudos em áreas como ética médica, violência e saúde, direitos humanos, identificação humana e avaliação de danos corporais.
    • Colabora com instituições como o Instituto Médico Legal (IML) e órgãos de segurança pública.
  3. Serviços à Comunidade:
    • Presta consultoria técnica em casos que exigem laudos periciais (ex.: determinação de causa de morte, avaliação de lesões corporais).
    • Atua em comitês de ética, revisando projetos de pesquisa para garantir conformidade com padrões internacionais.
  4. Extensão:
    • Promove debates e eventos sobre temas como eutanásia, confidencialidade médica e justiça social, envolvendo alunos, profissionais e a sociedade.

Relevância para a FCM/Unicamp

O DML é relevante para a FCM por:

  • Formar médicos com consciência ética e jurídica, preparados para lidar com conflitos como consentimento informado e sigilo profissional.
  • Fortalecer a relação entre universidade e sociedade, através de serviços periciais e discussões sobre políticas públicas em saúde.
  • Produzir conhecimento científico que impacta tanto o sistema de saúde quanto o judiciário, especialmente em casos criminais e de violência.

Além disso, o departamento é um pilar na defesa dos direitos humanos, contribuindo para a justiça social e a dignidade na prática médica. Sua atuação reforça o compromisso da Unicamp com uma educação médica integral, alinhada às demandas contemporâneas.

Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia
Entidade coletiva · 1963 - atualmente

O Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia (DORL) da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) desempenha um papel essencial no ensino, pesquisa e assistência médica nas áreas de Oftalmologia e Otorrinolaringologia. Essas duas especialidades médicas têm raízes profundas na história da instituição, remontando ao início das atividades clínicas da faculdade, na época em que a Santa Casa de Campinas passou a ser integrada como hospital-escola.

Desde sua criação, profissionais renomados dessas áreas contribuíram significativamente para o desenvolvimento da UNICAMP e da medicina brasileira. Entre os pioneiros, destacam-se o oftalmologista Antonio Augusto de Almeida e os otorrinolaringologistas Gabriel Porto e Paulo Mangabeira Albernaz, que não apenas participaram da fundação da escola médica, mas também ajudaram a estabelecer padrões de excelência acadêmica e profissional.

Estrutura e Atividades

O DORL promove atividades que abrangem:

  1. Ensino: Oferecendo formação de alta qualidade para estudantes de medicina, residentes e pós-graduandos, com ênfase na aplicação prática e no desenvolvimento de competências clínicas em Oftalmologia e Otorrinolaringologia.
  2. Pesquisa: Realizando estudos inovadores que contribuem para o avanço do conhecimento científico e para a melhoria do atendimento em saúde, frequentemente em colaboração com outros departamentos e centros de pesquisa.
  3. Assistência Médica: Atuando no atendimento a pacientes no Hospital de Clínicas da UNICAMP, que é referência em saúde pública, prestando serviços especializados em diagnóstico, tratamento e reabilitação em ambas as áreas.

Avanços e Iniciativas

Apesar de formar um único departamento, as disciplinas de Oftalmologia e Otorrinolaringologia têm mantido trajetórias independentes, permitindo que cada especialidade se desenvolva de maneira autônoma, alcançando avanços significativos na formação de especialistas e na prática clínica. O DORL também se destaca pela adoção de tecnologias avançadas e por sua atuação em campanhas de saúde pública, promovendo ações preventivas e educativas junto à comunidade.

Impacto e Parcerias

O departamento mantém parcerias com instituições de pesquisa, órgãos governamentais e associações médicas, reforçando seu compromisso com a inovação, a excelência acadêmica e a assistência de qualidade. Além disso, contribui para a formação de profissionais que se tornam referências em seus campos de atuação, consolidando a UNICAMP como uma das principais universidades na área de saúde no Brasil.

José Lopes de Faria
Pessoa · 1917 - 2009

O Dr. José Lopes de Faria (1917-2009), natural do interior de Minas Gerais, foi um dos mais destacados anatomopatologistas do Brasil, com uma carreira que influenciou profundamente a área médica no país e no exterior. Filho de Ortiz Lopes de Faria e Maria Monteiro de Faria, era o primogênito de uma família de oito filhos. Graduou-se em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1941 e iniciou sua trajetória acadêmica como assistente voluntário na mesma instituição (1942-1943), sob a orientação do respeitado professor Baeta Viana, que o incentivou a continuar os estudos.
Ainda jovem, demonstrou inclinação para a pesquisa e a docência. Durante sua formação, trabalhou no laboratório de análises clínicas do Dr. Oromar Moreira, onde também preparava aulas práticas para o curso de Física Biológica. Ao final do curso, defendeu uma tese inovadora sobre os efeitos do tabaco descotinizado, o que chamou a atenção de importantes médicos como o Dr. Otávio Magalhães e abriu portas para sua carreira na USP.

Início de Carreira e Experiência Internacional

Após migrar para São Paulo, Dr. Lopes de Faria integrou o Departamento de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina da USP. Em 1954, obteve uma oportunidade marcante no Instituto de Patologia da Universidade de Freiburg, na Alemanha, sob a direção de Franz Büchner. Lá, destacou-se por suas pesquisas sobre a respiração de aviadores submetidos a grandes altitudes e morte súbita, contribuindo significativamente para o conhecimento médico global sobre o tema, até então restrito a estudos em animais.
Os elogios recebidos de Büchner em cartas enviadas à USP atestam a excelência de seu trabalho: ele foi descrito como um cientista de altíssimo nível, com profundo conhecimento da literatura científica alemã e habilidades notáveis na morfologia e patologia experimental.

Contribuição à Unicamp e Anatomopatologia no Brasil

Em 1963, Dr. Lopes de Faria ingressou na Unicamp, onde desempenhou um papel central na fundação do Departamento de Anatomia Patológica. Tornou-se professor titular em 1965 e dirigiu a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) em dois períodos (1967-1969 e 1972-1976). Sua liderança foi essencial para projetar a Unicamp como referência nacional em patologia.
Dr. Lopes de Faria foi um professor exigente e admirado, deixando um legado acadêmico baseado em ensino sólido e pesquisa experimental. Publicou mais de 80 trabalhos, com quase metade em revistas internacionais, além de cinco teses e monografias. Destacam-se suas investigações sobre lepra, esquistossomose, aneurismas dissecantes, alterações no choque e aterosclerose. Editou cinco livros, incluindo os clássicos "Tumores de Pele" e "Anatomia Patológica Geral", amplamente adotados em cursos de medicina no Brasil.

Reconhecimento e Legado

Aposentado compulsoriamente em 1987, Dr. Lopes de Faria recebeu o título de professor emérito da Unicamp em 1988, uma honraria entregue pelo reitor Paulo Renato Costa Souza. Apesar da aposentadoria, permaneceu ativo, revisando edições de suas obras e contribuindo com a ciência.
Além de ser um cientista brilhante, Dr. Lopes de Faria foi um mentor inspirador. Suas palavras de conselho refletem sua visão de vida: “Trabalhe, para chegar a um bom resultado”. Sua influência persiste, e seu nome é lembrado no Memorial de Anatomia Patológica da Unicamp.
Dr. José Lopes de Faria foi mais do que um anatomopatologista. Ele foi um pioneiro que uniu ensino, pesquisa e compromisso com a excelência, deixando um impacto indelével na medicina brasileira e formando gerações de profissionais.