Nasceu em 22 de agosto de 1937, em Araraquara, SP. Concluiu o Curso de Medicina em 1961, pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e em 1967, defendeu a tese de Doutorado intitulada: "Limites de Tolerância. Aplicações em Biologia" junto ao Departamento de Matemática Aplicada à Biologia da Faculdade Medicina de Ribeirão Preto. - USP e em 1981, defendeu a Livre-Docencia na área de Probabilidade e Estatística junto a Universidade de São Carlos - USP . Em 1984 foi contratado como Professor junto ao Departamento de Estatítica do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica - IMECC da Unicamp, onde foi Chefe do Departamento de Estatística (1985-1989) e Diretor Associado (1986). Aposentou-se em 1994, porém continuou exercendo funções de orientador e de pesquisador voluntário junto ao Departamento de Educação Motora da Faculdade de Educação Física entre (1994 -1996/1999-2002) e como Professor Convidado (1996-1999). Faleceu em 16 de maio de 2002.
O físico italiano Erasmo Recami (1939-2021) nasceu em Milão. Foi professor na área de mecânica quântica, matemática aplicada, física de partículas elementares, física nuclear, relatividade geral e história da Física. Ingressou na Unicamp em 1984 no Departamento de Matemática Aplicada do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC), departamento que coordenou entre 1987 e 1989. Em 1995, após sair da Universidade, passou a dar aulas na Università degli Studi di Bergamo, na Itália, onde se aposentou.
Daniel Joseph Hogan (1942-2010), nascido em Nova Iorque, licenciou-se em literatura e filosofia, com especialização em Sociologia do Desenvolvimento, Demografia, Ecologia e Estudos Latinoamericanos. Foi professor e pesquisador da Unicamp na área de demografia e relações do homem com a natureza. Na Unicamp desde 1972, Hogan foi um dos primeiros pesquisadores convidados pela professora Elza Berquó, fundadora do Núcleo de Estudos de População (Nepo), para integrar o órgão. Na Unicamp, deu aulas no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), com início no Departamento de Ciências Sociais, para realizar estudos sobre Migrações Internas e Urbanização. Contribuiu para a consolidação da área de Ambiente, Tecnologia e Desenvolvimento, no Doutorado em Ciências Sociais e da criação, em 1997, do Departamento de Demografia. Também foi membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam). Liderou estudos sobre mudanças climáticas, solo e condições de vida de populações de cidades. Esteve a frente da Pró-reitoria de Pós-Graduação entre 2002 e 2005.
Cesar Mansueto Giulio Lattes nasceu em 11 de janeiro de 1924, em Curitiba, PR. Ingressou no curso de Bacharelado em Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1939-1943). Em seguida foi contratado como professor assistente de física teórica e matemática do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - USP (1944-1949). Foi pesquisador associado do H. H. Wills Laboratory - Universidade de Bristol (1946-1947), onde nesse período publicou juntamente com G. Occhialini e C. Powell na Revista Nature o trabalho sobre a descoberta do meson-pi e da desintegração pi-mi. Foi bolsista da Fundação Rockfeller e consultor do Radiation Laboratory (1948), ano em que publicou com E. Gardner na Science o trabalho sobre a detecção da produção do meson-A negativo no cíclotron de 184 de Berkeley. Voltou ao Brasil e foi contratado como professor catedrático de física nuclear da Universidade do Brasil (1949-1967). Idealizou o Laboratório de Física Cósmica de Chacaltya na Bolívia (1952-1954). Foi professor catedrático da USP e chefe do laboratório para estudos de interações de altas energias na radiação cósmica (1960-1967). Em 1962 iniciou o programa da Colaboração Brasil-Japão para a pesquisa em raios cósmicos, no laboratório de Chacaltaya, onde deu continuidade na Unicamp a partir de 1967 onde passou a ser o executor do programa e líder de grupo de pesquisas em raios cósmicos. Na Unicamp, ocupou os cargos de Diretor do Departamento de Cronologia, Raios Cósmicos e Altas Energias do Instituto de Física Gleb Wataghin - IFGW -UNICAMP (1980-1982 e 1982-1983) Coordenador do Curso Superior UNICAMP (1973-1984). Aposentou-se em 1998, após 30 anos dedicados a docência e pesquisa. Faleceu em 08 de março de 2005 de parada cardio-respiratória, na cidade de Campinas. Cesar Lattes foi o fundador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e primeiro diretor Científico, pesquisador titular e pesquisador emérito (1949-2005) Membro da Comissão que elaborou o anteprojeto de criação do Conselho Nacional de Pesquisas (1949-1955), Sócio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (1951) Presidente da Comissão Internacional das Câmaras de Emulsão. Acumulou prêmios, entre eles destacam-se: Doutor Honoris Causa pela Universidade de São Paulo (1948) e Doutor Honoris Causa pela Universidade de São Paulo (1987).
Carlos Eduardo Negreiros de Paiva nasceu em 09 de janeiro de 1925, na cidade de Curitiba - Paraná. Formou-se Médico pela Universidade de São Paulo, em 1950. Doutorou-se pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em 1962. Foi contratado como professor de Fisiologia junto ao Instituto de Biologia - IB da Universidade Estadual de Campinas, em 1964, onde implantou laboratórios e organizou as atividades didáticas. Exerceu funções acadêmico-administrativas na década de 70, como Chefe de Departamento, Coordenador do Curso Superior e Diretor Associado do Instituto de Biologia, além de ter sido presidente da Comissão de Ensino da Universidade. Aposentou-se em 1983 e passou a exercer funções técnico-científicas junto ao Campus Avançado de Cruzeiro do Sul-Acre (Projeto Rondon). Faleceu em 19 outubro de 1994, na cidade de São Paulo. Dentre os títulos obtidos e cargos os quais Carlos Eduardo Negreiros de Paiva ocupou, destacam-se: Chefe do Departamento de Fisiologia e Biofísica (1981-1982) Professor Titular Instituto de Biologia IB UNICAMP (1978-?) Coordenador do Curso de Bacharelado em Biologia (1972-?) Presidente da Comissão de Ensino da Reitoria (1972-1974) Diretor Associado Instituto de Biologia IB UNICAMP (1971-1972) Professor Instituto de Biologia IB UNICAMP (1964-1978)
O biólogo Carlos Alfredo Joly foi pioneiro nos estudos em ecofisiologia vegetal moderna no país. Seguiu, de certa forma, os passos do pai, Aylthon Brandão Joly, botânico e escritor de diversas obras na área. Graduado pela Universidade de São Paulo (USP) em 1976, Carlos fez mestrado na Unicamp em 1979 e doutorado na University of St. Andrews (Escócia), em 1982. Desde 1997, é professor titular na área de Ecologia Vegetal no Instituto de Biologia (IB) da Unicamp. Joly desenvolveu trabalhos de formulação de políticas públicas para a biodiversidade. Um dos mais importantes resultados dessas experiências foi a criação, em 1999, do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP, o “Instituto Virtual de Biodiversidade”), que trouxe importantes contribuições para o avanço científico e a elaboração de políticas em prol da biodiversidade. Em março de 2022, a Unicamp concedeu ao botânico o título de professor emérito da Universidade.
Aylthon Brandão Joly (1924-1975) nasceu em Itatiba-SP. Em 1943 ingressou no curso de História Natural da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). De 1963 a 1969 foi professor da mesma unidade e, posteriormente, do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências. Organizou e dirigiu o Departamento de Botânica do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp entre 1971 e 1974. Integrou diversas comissões editoriais de revistas científicas. Recebeu o Prêmio Jabuti pelo livro “Botânica: Introdução à Taxonomia Vegetal”.
O paulistano Antônio Paim Vieira (1895-1988) era desenhista desde os tempos da escola. Desenvolveu amplo trabalho artístico com diversas formas de expressão, como pintura, cerâmica, ilustração, gravura, cenografia, sendo pioneiro na xilogravura em São Paulo. Trabalhou como ilustrador de revistas, como a “Fon-Fon” e “Para Todos”. Ligado ao escritor modernista Menotti del Picchia, Paim ilustrou a edição "As Máscaras", publicada em 1920, e foi autor da paginação e das ilustrações de “Ariel”, revista literária fundada em 1923. A partir de 1927 dedicou-se à cerâmica com inspiração indígena. Foi considerado referência em caricaturas e figurações onomásticas, a exemplo das obras "Jeca Tatu", "O Capoeira" e "Coronel à Paisana". Em 1950 passou a dar aulas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e, posteriormente, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Também lecionou História de Arte e Estética na especialização em Desenho pelo Instituto de Educação Caetano de Campos.
Antonio Augusto Almeida (1903-1975) nasceu na cidade de Oliveira (MG). Em 1926 se formou na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte. Especialista em oftalmologia, lecionou na USP, onde recebeu o título de professor emérito em 1973. Almeida foi um dos professores pioneiros da Unicamp ainda no início da década de 1960, antes de sua fundação oficial. Foi contratado em 1963 como professor de oftalmologia, tendo sido o primeiro diretor da história da Faculdade de Medicina. Ao ingressar, passou a compor o Conselho de Entidades de Campinas (CEC) até 1965. Na sequência, juntamente com Zeferino Vaz e Paulo Gomes Romeo, foi membro da Comissão Organizadora da Universidade, fundada em 5 de outubro de 1966. Na FCM, foi chefe do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia. Em Campinas, integrava a Associação Médica do Instituto Penido Burnier (IPB), reconhecido e centenário hospital especializado em doenças dos olhos, onde também exercia a clínica oftalmológica. Em 1969 passou a exercer a função de Coordenador das Faculdades da Unicamp até 1973, quando também recebeu o título de professor emérito da instituição.
