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Registro de autoridad
Entidad colectiva · 1984-2003

A Associação Central de Pós-Graduação da Unicamp (APG) foi restabelecida em 2019, após dez anos da dissolução da antiga APG Unicamp. É a entidade máxima de representação dos estudantes matriculados em programas de pós-graduação e em cursos de especialização.

Entidad colectiva · 1973-2020

O Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro, originalmente Centro Pastoral Vergueiro (CPV), foi fundado em 15 de novembro de 1973, por um grupo de frades dominicanos da cidade de São Paulo. Sob a liderança do frei de origem italiana Giorgio Callegari (1936-2003), o projeto tinha como objetivo prestar serviços aos movimentos operários, sindicais, como também às paróquias da periferia, através da divulgação de material mimeografado, servindo de instrumento de conscientização para as classes populares. Para tanto, o CPV contava com a colaboração de estudantes universitários, professores, profissionais liberais e militantes de organizações de esquerda. Suas tarefas resumiam-se em reunir documentação escrita, principalmente recortes de jornais, organizar documentos e livros recebidos como doação. Nas décadas de 1970 e 1980, o CPV apoiou a organização de movimentos independentes de governos, Estado, partidos políticos, entidades religiosas, que buscassem a construção da consciência de classe e uma sociedade igualitária, sem exploração. Voltou sua atuação para setores de oposições sindicais urbanas e rurais, de São Paulo e de outros estados, grupos de alfabetização, pastorais, grupos de bairros, entre outros. Nesse período, foi irradiador e difundidor de informações e materiais populares produzidos por grupos, entidades e centros de documentação de todas as regiões do país. Foi criado um serviço chamado Núcleo de Correspondência, para realizar envios mensais, pelo correio, de documentos pré-selecionados em seu acervo, de acordo com a temática de interesse do assinante. A partir de 1975, verificou-se a necessidade de contratar pessoal para trabalhar em tempo integral no trato com a documentação. No final da década de 1970 e início dos anos 1980, a prioridade da documentação deixou de ser recortes de jornais, para reunir documentos de movimentos sindicais e populares. É também dessa época o surgimento de um setor de documentação audiovisual. A partir de 1985/86, em função de todo o seu acervo documental e da experiência acumulada, o CPV desenvolveu também um serviço de divulgação e venda de publicações a preços populares, abrangendo o território nacional e parte da América Latina. A maior parte desse material era impressa em gráfica própria. Com o passar do tempo, e procurando responder às necessidades concretas das lutas populares, passou a orientar os movimentos na tarefa de documentar suas próprias lutas e enriquecer suas práticas sociais. Encerrou definitivamente suas atividades em 2020.

Jorge Sidney Coli Junior
Persona · 1947-

Foi colaborador do jornal Le Monde, traduziu para o francês Memórias do Cárcere de Graciliano Ramos e Os sertões de Euclides da Cunha, em colaboração com Antoine Seel. Lecionou na Universidade de Provence, Montpellier e Toulouse. Foi professor convidado nas universidades de Princeton (USA), Paris I (Panthéon-Sorbonne)(França), Osaka (Japão), Universidad Nacional de Colombia (Medellín) e pesquisador da New York University (USA). Trabalha especialmente sobre os séculos XIX e XX. Entre seus livros estão: Música Final- ed. Unicamp; Ponto de fuga (Perspectiva); L'Atelier de Courbet (ed. Hazan, Paris); O corpo da liberdade (CosacNaify), editado no França sob o título de Le corps de la liberté (ELLUG, Grenoble, 2016)[2]. É colunista da Ilustríssima da Folha de S.Paulo e escreve para a revista Concerto. Junto com outros historiadores anima o blog de arte e cultura Amável Leitor.
Recebeu diversos prêmios, entre eles o "Florestan Fernandes" (CAPES), melhor orientador de tese em Ciências Humanas (2005) e o prêmio "Almirante Alvaro Alberto", do CNPq, em 2018. Foi Secretário da Cultura da cidade de Campinas. De 2013 a 2017, foi diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.
Escreveu o libreto da ópera O Menino e a Liberdade de Ronaldo Miranda baseado no conto de Paulo Bonfim que estreou em 2013 no Theatro São Pedro de São Paulo e O Espelho, de Jorge Antunes, baseado no conto homônimo de Machado de Assis, que estreou no mesmo teatro em 2017.

Carlos Eduardo Negreiros de Paiva
Persona · 1934-1994

Carlos Eduardo Negreiros de Paiva nasceu em 09 de janeiro de 1925, na cidade de Curitiba - Paraná. Formou-se Médico pela Universidade de São Paulo, em 1950. Doutorou-se pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em 1962. Foi contratado como professor de Fisiologia junto ao Instituto de Biologia - IB da Universidade Estadual de Campinas, em 1964, onde implantou laboratórios e organizou as atividades didáticas. Exerceu funções acadêmico-administrativas na década de 70, como Chefe de Departamento, Coordenador do Curso Superior e Diretor Associado do Instituto de Biologia, além de ter sido presidente da Comissão de Ensino da Universidade. Aposentou-se em 1983 e passou a exercer funções técnico-científicas junto ao Campus Avançado de Cruzeiro do Sul-Acre (Projeto Rondon). Faleceu em 19 outubro de 1994, na cidade de São Paulo. Dentre os títulos obtidos e cargos os quais Carlos Eduardo Negreiros de Paiva ocupou, destacam-se: Chefe do Departamento de Fisiologia e Biofísica (1981-1982) Professor Titular Instituto de Biologia – IB UNICAMP (1978-?) Coordenador do Curso de Bacharelado em Biologia (1972-?) Presidente da Comissão de Ensino da Reitoria (1972-1974) Diretor Associado Instituto de Biologia – IB UNICAMP (1971-1972) Professor Instituto de Biologia –IB UNICAMP (1964-1978)

OSAKABE, Haquira
Persona · 01/07/1939 - 13/05/2008

Haquira Osakabe nasce em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no dia primeiro de julho de 1939. É filho dos imigrantes japoneses Takeshi Osakabe e Eiko Osakabe (nascida Eiko Yoshida), que chegaram ao Brasil em 1934.

Apesar dos pais terem estudado no Japão (o pai era farmacêutico e a mãe, professora primária), o destino inicial do casal no Brasil foi uma fazenda de café no município de Guararapes, SP. Por volta de 1936, antes de terminar o período de seu contrato de trabalho, a família se muda para a cidade de Ribeirão Preto, SP. No local, abrem uma escola de japonês para atender aos filhos da colônia japonesa na região. Posteriormente, essa escola é transformada em pensionato.

É em sua cidade natal que Haquira Osakabe estuda no internato Mosteiro dos Beneditinos, cursando o ginasial no Colégio Moura Lacerda e o normal no Instituto de Educação Otoniel Mota. Em 1969, forma-se no curso de Letras Vernáculas, da Universidade de São Paulo (USP). No ano seguinte, aceita uma bolsa para estudar na França, ao lado de Carlos Franchi, Rodolfo Ilari e Carlos Vogt, grupo formado de forma a seguir um projeto idealizado pelo filósofo Fausto Castilho, que visava organizar a área de Ciências Humanas na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O projeto englobava, ainda, o projeto para formação de um Departamento de Linguística na mesma Instituição.

Em 1970, Haquira Osakabe licencia-se em Linguística pela Université de Franche Comté, em Besançon, instituição em que, no ano seguinte, faz o mestrado sob a orientação de Jean Peytard, com o título "Recherches sur l'Analyse du Discours". De volta ao Brasil, assume o cargo de Professor Assistente na UNICAMP, onde já era contratado desde 1969 (sendo Auxiliar de Ensino e Instrutor durante o período em que estudou em Besançon).

Em 1972, publica a tradução realizada em conjunto com Isidoro Blinkstein da obra "Semântica estrutural", de A. J. Greimas. Em 1976, obtém o doutorado em Linguística na UNICAMP, com a tese "O componente subjetivo no discurso político", publicada dois anos depois sob o título "Argumentação e discurso político". Entre 1977 e 1978, publica, em conjunto com Marisa Lajolo e Francisco Platão Savioli, os três volumes de "Caminhos da linguagem", livro didático voltado para o ensino de língua portuguesa no segundo grau. Em 1979, publica a tradução e adaptação do livro "Usos da linguagem" de Francis Vanoye, realizada em conjunto com outros pesquisadores, sob sua coordenação.

Em 1982, retorna à Université de Franche Comté, em Besançon, para fazer um pós-doutorado em Análise do Discurso. Nesse mesmo ano, passa a fazer parte do Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL/ UNICAMP), participando da fundação do Núcleo de Estudos de Culturas de Expressão Portuguesa e da criação da revista "Estudos Portugueses e Africanos". Haquira Osakabe participa do conselho editorial dessa revista desde o seu primeiro número, em 1983, coordenando-a ao lado de Adma Muhana, de 1996 até o encerramento da revista, em 2004.

Em 1985, realiza pós-doutorado em Literatura Portuguesa na Universidade de Lisboa. Em 1990, prefacia a obra "Relato autobiográfico", de Akira Kurosawa, lançada no mesmo ano. Entre 1991 e 1992, é professor visitante do Departamento de Português na Georgetown University. Em 1993, prefacia a obra "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa, lançada no mesmo ano. Em 1995, realiza a revisão literária e a escrita da apresentação da obra "Contos", de Oe Kenzaburo, publicada no mesmo ano. No ano seguinte, realiza a revisão literária do livro "Contos da chuva e da Lua", de Ueda Akinari. Estes dois últimos livros foram editados pelo Centro de Estudos Japoneses, da USP.

Haquira Osakabe se aposenta em 1997, mantendo, no entanto, diversas atividades de orientação e pesquisa em sua área de atuação. Em 1999, faz pós-doutorado sobre Fernando Pessoa, na Universidade Nova de Lisboa. No primeiro semestre de 2001, ministra disciplina sobre modernismo brasileiro e português na pós-graduação da University of California, em Los Angeles. Em 2002, lança "Fernando Pessoa: resposta à decadência". No primeiro semestre de 2005, ministra um curso sobre Fernando Pessoa e sua geração na pós-graduação da University of California, em Berkeley. Participa do conselho editorial da coleção "Ensaios", da Editora Ática, e da coleção "Ciência da Abelha", da Max Limonad, também coordenando, desde sua criação, na década de 1980, as coleções "Poetas do Brasil" e "Texto e Linguagem", da Martins Fontes.

Os trabalhos mencionados acima não esgotam a produção de Haquira Osakabe, que deixou inúmeros artigos em jornais brasileiros e em revistas acadêmicas, englobando diversas áreas: Análise do Discurso, Linguística, Ensino de Literatura, Ensino e Leitura no Brasil, Cinema, Política, Literatura Portuguesa, Literatura Brasileira e Cultura Japonesa.

Haquira Osakabe falece no dia treze de maio de 2008.

Peter Louis Eisenberg
Persona · 1940-1988

Peter Eisenberg nasceu na cidade de Nova York, Estados Unidos, em 1940. Graduou-se em Filosofia na Yale University, em 1961, e concluiu o mestrado em estudos hispano-americanos e luso-brasileiros pela Standford University, no ano seguinte. Doutorou-se em História da América Latina pela Columbia University, em 1969, com trabalho intitulado "The Sugar Industry of Pernambuco, 1850-1888". Iniciou sua carreira docente em Nova Jersey, onde lecionou de 1964 até 1975. Dividiu o final deste período com o cargo de Lecturer in History, na Univerty of the West Indies, e como Professor Assistente Doutor no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, para onde se transferiu definitivamente em 1975, atendendo à docência, orientação e demais funções. Sua obra abraça o tema do trabalho escravo, especialmente a passagem do trabalho escravo para o trabalho livre. Foi autor de um clássico da história econômica e social brasileira: "Modernização Sem Mudança: a indústria açucareira em Pernambuco, 1840-1910", publicado pela editora Paz e Terra, em 1977.

Luiz Araújo
Persona · 1943-1985

Luiz Araújo foi um estudante de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) que atuou na liderança do movimento estudantil ligado às correntes trotskistas. Foi um dos responsáveis pela estruturação do Movimento Estudantil 1º de Maio (ME1M) como organização política, em 1969. Em novembro de 1970, o ME1M passou a adotar o nome de Organização Comunista 1º de Maio (OC1M). Em 1976, após um longo processo de negociação, ocorre a unificação desta com a Fração Bolchevique Trotskista (FBT), do Rio Grande do Sul, dando origem à Organização Socialista Internacionalista (OSI). Expulso da OSI em 1978, foi professor do instituto que viria a ser o campus da Unesp-Marília.

Zilco Ribeiro
Persona · 1921-1993

Zilco Ribeiro nasceu em Porto Alegre, onde viveu até os 18 anos. Aos 21 anos ingressou na Força Aérea Brasileira, onde conquistou a patente de Capitão Aviador e atuou como instrutor de voo até 1949. Iniciou sua carreira de produtor teatral com a Cia. Organizadora Teatral Cinematográfica Ltda., no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. Seu primeiro espetáculo foi “Quero Ver-Te de Perto” (1949), com Dercy Gonçalves, Oscarito, Renata Fronzi e o coreógrafo e dançarino Norbert. Terminada a temporada no Teatro Carlos Gomes, transferiu-se para Copacabana, onde passou a residir e ocupar o Teatro Follies, a partir de 1951. Logo tornou-se produtor independente e seguiram-se inúmeros espetáculos. Seus roteiros evidenciavam um grandioso elenco de vedetes cuja produção cuidava pessoalmente, com requinte nos figurinos e adereços. Foi considerado criador de um novo estilo no teatro musicado em forma de revista, aliando ao show de vedetes esquetes inspiradas nas novidades políticas da capital federal com um certo “humor elegante”. Em 1956, trabalhou em São Paulo, no Teatro Natal, na Avenida São João. Após excursionar pelo Brasil, montou em 1960 “O Samba Nasce no Coração”, espetáculo de sua criação, que reuniu a velha guarda do samba: Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Ataulfo Alves, Ismael Silva, entre outros. Encerrou sua carreira em 1962 e viveu em Parati, Rio de Janeiro, até o seu falecimento.

Luiz Carlos Prestes
Persona · 1898-1990

Luiz Carlos Prestes nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 1898. Formou-se em engenharia na Escola Militar do Realengo. Era capitão do Exército quando participou do levante dos tenentistas no Rio de Janeiro, em 1922. Em 1924, licenciou-se do Exército e, em 1925, aliou-se aos dissidentes em Foz do Iguaçu com Miguel Costa e deram início à Coluna Miguel Costa-Prestes. Em 1927, com o final da Coluna, permaneceu em Puerto Suarez, na Bolívia, e recebeu o convite de Astrojildo Pereira para o ingresso no Partido Comunista Brasileiro (PCB), o qual foi recusado por Prestes. No ano seguinte, mudou-se para a Argentina e fundou a Liga de Ação Revolucionária (LAR), que acabou extinta alguns meses depois. Ainda em 1930, precisou mudar para o Uruguai. Em 1931, foi para a União Soviética e, em 1934, ingressou no PCB. No ano seguinte, retornou clandestinamente ao Brasil acompanhado da esposa, Olga Benário, a fim de promover uma revolta armada no país. Em 1936, o casal foi preso e Olga enviada para a Alemanha nazista. No campo de concentração deu à luz sua filha Anita e faleceu alguns anos depois. Luiz Carlos Prestes permaneceu preso, no Brasil, até 1945. No ano de 1943 foi eleito secretário-geral do Comitê Central do PCB e, em 1945, foi eleito senador, tendo seu mandato cassado em 1947, juntamente com o cancelamento do registro do partido. Passou a viver novamente na clandestinidade até 1958. Com o golpe militar de 1964 foi obrigado a voltar para a clandestinidade e, em 1971, exilou-se em Moscou com seus filhos e sua segunda esposa, Maria do Carmo Ribeiro. Só retornou ao Brasil em 1979, com a Lei de Anistia. Em 1980, desligou-se do PCB e registrou seus motivos na “Carta aos Comunistas”. Faleceu aos 92 anos de idade no Rio de Janeiro.

Paulo Ottoni
Persona · 1950-2007

Paulo Roberto Ottoni nasceu no distrito de Sousas, interior do estado de São Paulo, em 23 de outubro de 1950. Graduou-se em Linguística (1972-1977) e Ciências Sociais (1972-1979) pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e Licenciatura em Francês pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Oswaldo Cruz (1980-1984). Cursou mestrado (1983-1984) e doutorado (1985-1990) em Linguística pela UNICAMP. Durante o mestrado, foi professor de leitura em francês, além de ter trabalhado em um grupo de estudos do idioma pela mesma universidade. Entre 1995-1998, atuou como representante do Departamento de Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da UNICAMP na comissão de graduação do mesmo instituto. Realizou seu Pós-Doutorado (1999-2000) na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, na França. De volta à UNICAMP, ingressou como professor associado e titular do IEL, atuando nas áreas de teoria, prática e ensino da tradução. Coordenou diversos projetos de pesquisa sobre leitura e tradução da obra do filósofo franco-argelino Jacques Derrida (1930-2004), entre os anos de 1997 e 2003. Nesse mesmo ano, recebeu o Prêmio de Reconhecimento Acadêmico "Zeferino Vaz" pela Universidade. Faleceu em 9 de fevereiro de 2007.