Jacob Kopel Rissin nasce em Recife, Pernambuco, no ano de 1929. Filho de Maurício Rissin e Elisa Rissin. Foi desenhista, cenógrafo, gravador e escultor. O artista tem trabalhos em diversas coleções particulares no Brasil e exterior, inclusive em museus como o do Palácio da Alvorada em Brasília, Museu de Belas Artes do Chile, Museu de Skopje na Iugoslávia, Museu de Arte Moderna do Vaticano, entre outros. Falece em 20 de junho de 2019, aos 89 anos de idade.
Antônio Jofre de Vasconcelos, nascido em 25 de novembro de 1946, na cidade de Jacutinga, Minas Gerais, é um médico e inventor reconhecido por sua contribuição pioneira à ciência durante sua formação acadêmica na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele integrou a quarta turma de medicina da instituição, estudando de 1966 a 1971.
A Invenção do Campímetro de Jofre
Ainda como estudante, em 1970, Jofre de Vasconcelos realizou uma pesquisa científica que resultou na criação de um dispositivo inovador para a época: o Campímetro de Jofre. Este aparelho, projetado para medir e registrar o campo visual de pacientes, destacava-se por ser portátil, de baixo custo e funcional sem a necessidade de energia elétrica. Sua praticidade e eficiência fizeram com que o dispositivo se tornasse valioso para exames oftalmológicos e neurológicos, contribuindo para diagnósticos mais acessíveis e precisos.
No dia 6 de junho de 1970, Jofre deu entrada no pedido de registro de patente do aparelho, descrito como um “novo e original aparelho para exame médico de um campo visual”. A invenção foi registrada sob os números 12.463 (SP) e 220.748 pelo Departamento Nacional de Propriedade Industrial (DNPI) no Rio de Janeiro. Este feito tornou a patente do Campímetro de Jofre a primeira registrada por um aluno ou professor da Unicamp, destacando-se como um marco na história da inovação tecnológica da universidade.
Legado e Impacto
O Campímetro de Jofre exemplifica a capacidade criativa e o compromisso com a ciência aplicada, mesmo durante a graduação. Sua invenção refletiu o espírito inovador da Unicamp, que se consolidava como uma instituição de ponta na pesquisa científica brasileira. O aparelho possibilitou avanços no diagnóstico médico em áreas como neurologia e oftalmologia, sendo um precursor no desenvolvimento de dispositivos acessíveis para a saúde.
A história de Antônio Jofre de Vasconcelos é frequentemente lembrada na Unicamp como um exemplo de como a ciência pode aliar criatividade e impacto social. Sua invenção permanece como símbolo da capacidade de alunos e pesquisadores em transformar conhecimentos acadêmicos em soluções práticas para a sociedade.
Neusa de Oliveira Bonfante, nascida em 5 de dezembro de 1948, em Barretos-SP, construiu uma carreira marcada por sua dedicação à área da saúde e à administração acadêmica, especialmente no âmbito da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Sua trajetória profissional começou em 1968, como secretária no Ambulatório do Projeto Jardim dos Oliveiras, uma iniciativa coordenada pelos Professores Dr. José Aristodemo Pinotti e Dr. Miguel Ignácio Tobar Acosta. Após o encerramento do projeto em 1970, Neusa seguiu atuando como secretária na Clínica de Tocoginecologia e Patologia Mamária, que funcionava na Santa Casa de Misericórdia de Campinas, dirigida pelo Prof. Dr. Pinotti.
Em 1986, Neusa ingressou na Reitoria da Unicamp como secretária do Prof. Dr. Pinotti, acompanhando-o em sua trajetória institucional. Posteriormente, foi transferida para o Hospital da Mulher “Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti” (CAISM), onde também contribuiu com o Centro de Pesquisa e Controle das Doenças Materno-Infantis de Campinas como secretária do Prof. Dr. Luis Guillermo Bahamondes. Em 1996, retornou ao CAISM para atuar no Departamento de Tocoginecologia da FCM, permanecendo até sua aposentadoria em 2011. Sua atuação, pautada pela eficiência e comprometimento, foi fundamental para o suporte administrativo de importantes projetos acadêmicos e de assistência médica da Unicamp.
A Diretoria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) desempenhou um papel fundamental na fundação e consolidação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Embora a FCM tenha sido a primeira instituição da Unicamp a ser instalada, ela sempre esteve subordinada à Reitoria, atuando como uma pioneira em uma universidade ainda em implantação.
A criação da FCM foi iniciada em 1963, quando o Reitor da Unicamp contratou o primeiro professor e nomeou o primeiro diretor da faculdade, o Prof. Antonio Augusto de Almeida. Juntos, eles foram encarregados de encontrar um local e os recursos necessários para iniciar o funcionamento da FCM. Enquanto isso, a Reitoria também começava a ser organizada.
Primeiro curso e instalações
Em 20 de maio de 1963, nas instalações provisórias localizadas no prédio cedido pela Maternidade de Campinas, foi ministrada a primeira aula do Curso de Medicina, na disciplina de Histologia, com a presença do Reitor, Prof. Cantídio de Moura Campos. Esse evento marcou o início oficial do curso e da atuação da FCM.
Estrutura administrativa inicial
Paralelamente ao início das atividades acadêmicas, foi instalado o Conselho de Curadores da Unicamp, previsto na Lei nº 7.655, que atuava como órgão de governança da universidade, desempenhando funções equivalentes às do Conselho Universitário.
Assim, a Diretoria da FCM foi peça-chave no estabelecimento da Unicamp, não apenas por viabilizar o primeiro curso da universidade, mas também por organizar a estrutura administrativa e acadêmica que serviria de base para o crescimento da instituição.
O Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp foi criado em 22 de setembro de 1972, marcando um passo importante para a estruturação e desenvolvimento das atividades cirúrgicas na instituição. Antes de sua criação, as disciplinas de cirurgia estavam integradas ao Departamento de Clínica e Cirurgia, então chefiado pelo Prof. Dr. Silvio dos Santos Carvalhal, com o Prof. Dr. David Rosemberg responsável pela área cirúrgica. Sob a liderança inicial do Prof. Dr. Marcel Cerqueira Cesar Machado e, posteriormente, do Prof. Dr. Luiz Sérgio Leonardi, o departamento foi reorganizado, com a criação de diversas disciplinas especializadas, como Cirurgia Geral e Técnica Cirúrgica, Moléstias do Aparelho Digestivo, Urologia, Cirurgia Torácica/Cabeça e Pescoço, Moléstias Vasculares e Periféricas, e Cirurgia Cardíaca, cada uma liderada por professores renomados na área.
Ao longo de sua trajetória, o departamento ampliou seu impacto acadêmico e social. Em 1988, foi criada a Disciplina de Cirurgia do Trauma, liderada pelo Prof. Dr. Mario Mantovani, seguida pela fundação da Disciplina de Fisiologia e Metabologia Cirúrgica, em 1990, sob a chefia do Prof. Dr. Renato G. G. Tezi. Iniciativas pioneiras como a parceria estabelecida em 1992 com o Corpo de Bombeiros de Campinas resultaram na criação de um curso de Suporte Básico de Vida, focado no resgate e atendimento pré-hospitalar. O departamento é hoje reconhecido por sua excelência no ensino, pesquisa e extensão, desempenhando um papel central na formação de cirurgiões e no desenvolvimento de inovações médicas que beneficiam a comunidade acadêmica e a sociedade em geral.
A Turma XXXIV de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp compreendeu os estudantes que cursaram a graduação entre 1996 e 2001, período marcado pelo envolvimento acadêmico e participação em atividades extracurriculares. Além das disciplinas teóricas e práticas que consolidaram sua formação médica, os estudantes contribuíram para a produção científica e as atividades de extensão promovidas pela FCM, fortalecendo a relação da Universidade com a comunidade.
Os integrantes da turma também desempenharam papel ativo em iniciativas culturais, esportivas e políticas. Por meio da Associação Atlética Adolfo Lutz (AAAL), participaram de práticas esportivas e eventos que incentivavam a integração e o bem-estar. Já no Centro Acadêmico Adolfo Lutz (CAAL), estiveram engajados em ações de representação estudantil e confraternizações que promoveram o diálogo e o fortalecimento dos laços entre os colegas. Esses momentos contribuíram para uma vivência universitária rica e plural, complementando a formação técnica e humana dos futuros médicos.
A área de Arquivo e Protocolo da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp desempenha um papel essencial na gestão documental da unidade. O setor de Protocolo foi instituído junto com a criação da faculdade, em 1963, enquanto a área de Arquivo foi estruturada apenas na década de 1990, durante um processo de descentralização administrativa da universidade.
Origem e Função
Antes da descentralização, todos os processos administrativos da Unicamp eram centralizados na Diretoria Geral e posteriormente geridos pelo Arquivo Central da Unicamp, órgão responsável por definir normas técnicas e diretrizes para os arquivos e protocolos das diferentes unidades. Com a descentralização, cada instituto ou faculdade passou a ser responsável por sua própria gestão documental, seguindo as orientações técnicas do Sistema de Arquivos da Unicamp (SIARQ).
Na FCM, a área de Arquivo foi criada para organizar, registrar e preservar os documentos da faculdade. Essa gestão inclui o registro de documentos e expedientes, autuação e tramitação de processos, além do arquivamento e destinação final de documentos, garantindo que a documentação atenda aos requisitos legais e institucionais.
Estrutura e Evolução
Com a criação da área de Arquivo na década de 1990, os processos passaram a ser classificados em três categorias principais: pessoal, consumo e diversos. Inicialmente, os documentos eram armazenados em caixas de madeira, que representavam a infraestrutura da época. Em 2009, essas caixas foram substituídas por arquivos deslizantes, modernos e mais eficientes para a conservação e organização documental. Três amostras das caixas de madeira foram preservadas no Centro de Memória da FCM, simbolizando a transição e a evolução da gestão documental da unidade.
Importância Atual
A área de Arquivo e Protocolo da FCM desempenha uma função estratégica ao garantir a organização e preservação da memória institucional, além de facilitar o acesso e a tramitação de documentos necessários para o funcionamento administrativo e acadêmico da faculdade. Essa estrutura reflete o compromisso da Unicamp com a eficiência e a preservação histórica, alinhada às normas técnicas estabelecidas pelo SIARQ/Unicamp.
A Assessoria de Relações Públicas e Imprensa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, criada em 2001, é o setor responsável pela gestão estratégica da comunicação interna e externa da faculdade, bem como pela organização de eventos institucionais. Seu papel é essencial para promover a imagem da FCM e fortalecer o relacionamento com diferentes públicos, incluindo a comunidade acadêmica, parceiros externos e a sociedade em geral.
Funções e Atuação
A assessoria colabora com a Diretoria da FCM na formulação, orientação e coordenação de políticas de comunicação institucional, garantindo que as ações da faculdade estejam alinhadas aos valores éticos e morais da universidade. Suas principais atividades incluem:
Gestão de comunicação interna e externa: desenvolvimento e disseminação de informações que facilitem o diálogo entre os diferentes setores da faculdade e com o público externo.
Organização e coordenação de eventos: planejamento e realização de atividades médicas, culturais, técnicas, acadêmicas e científicas.
Assessoria à alta administração: apoio na elaboração de políticas e estratégias institucionais de relacionamento.
Missão
A missão do setor é preservar e fortalecer a imagem institucional da FCM, promovendo ações que reflitam os valores da faculdade e respeitando as regras e diretrizes estabelecidas. Ao fazer isso, a assessoria contribui para o desenvolvimento de uma comunicação transparente, ética e eficiente, alinhada às melhores práticas de relações públicas.
Impacto
Por meio de suas iniciativas, a Assessoria de Relações Públicas e Imprensa desempenha um papel crucial na construção de uma identidade institucional sólida, conectando a FCM com sua comunidade interna e externa. Seu trabalho ajuda a divulgar as conquistas da faculdade, promover parcerias estratégicas e apoiar a realização de eventos que enriquecem o ambiente acadêmico e científico da Unicamp.
A Diretoria de Apoio Didático Científico e Computacional (DADCC) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp surgiu como resultado de um processo evolutivo iniciado com a própria criação da FCM, na década de 1960. Desde o início, a Faculdade demonstrou preocupação em oferecer suporte aos docentes, especialmente na elaboração de materiais didáticos e no uso de equipamentos para projeções em atividades de ensino.
Nos anos 1960 e 1970, esse suporte era proporcionado por duas áreas distintas:
- Setor de Recursos Visuais: focado no apoio a projeções para aulas de graduação.
- Área de Desenho: responsável pela produção de materiais ilustrativos como livros, apostilas, diapositivos e cartazes.
Com o advento da era computacional, nos anos 1980, surgiu uma Comissão de Informática, operando de forma independente dessas áreas, mas também subordinada à direção da FCM.
Em 1986, durante a gestão do Prof. José Aristodemo Pinotti na reitoria da Unicamp, houve uma reformulação interna. As áreas de apoio existentes foram integradas, dando origem ao Centro de Recursos Audiovisuais, que expandiu suas atividades. Foram criados:
- Um laboratório para revelação de diapositivos coloridos (cromos) e fotografias em preto e branco.
- Uma área de documentação científica para registro fotográfico de casos clínicos de interesse científico.
Nos anos 1990, com a crescente informatização da FCM, foi criada uma área de Computação Gráfica no Laboratório de Informática, para produção de diapositivos por meio de equipamentos avançados da época. Em 1993, durante a gestão do Prof. Fernando Ferreira Costa como diretor da FCM, essa área foi incorporada ao Centro de Recursos Audiovisuais, ampliando os serviços oferecidos.
Em 1996, como parte de um projeto para otimizar as atividades de ensino e pesquisa, a Congregação da FCM aprovou a criação da Diretoria de Apoio Didático Científico e Computacional (DADCC). A nova diretoria incorporou:
- O Laboratório de Informática.
- Novas subáreas, como edição e editoração de textos e teses.
Em 2010, a subárea de editoração foi desativada e, em 2014, a DADCC foi reorganizada, resultando na criação de duas novas áreas:
- Suporte Didático e Divulgação Científica.
- Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI).
Dessa forma, o fundo documental da DADCC foi encerrado, e os documentos produzidos e recebidos após sua extinção passaram a ser organizados conforme as novas áreas criadas.
Atuação da DADCC no ensino à distância:
O coordenador da DADCC desempenhou um papel importante na criação da área de Ensino à Distância na FCM, resultando em uma coleção documental específica sobre o tema, vinculada ao acervo da diretoria.
Essa trajetória demonstra como a DADCC desempenhou um papel central no suporte técnico, didático e científico da FCM, acompanhando e adaptando-se às transformações tecnológicas e acadêmicas ao longo das décadas.
Gustavo Pereira Fraga, nascido em 1º de fevereiro de 1969, em Salto–SP, é um renomado cirurgião e acadêmico, com trajetória destacada na área de cirurgia do trauma. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp como integrante da 25ª turma (1987-1992) e concluiu residência médica em Cirurgia Geral (1993-1994) e especialização em Cirurgia do Trauma (1995-1996) também pela Unicamp. Dedicado à pesquisa e ensino, obteve os títulos de Mestre (2001) e Doutor (2004) em Cirurgia pela mesma instituição. Com uma carreira marcada pela busca de excelência, realizou seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, San Diego, na Divisão de Trauma, Terapia Intensiva Cirúrgica e Queimados, com apoio da FAPESP.
Em 2006, ingressou no corpo docente da Unicamp como Professor Assistente Doutor no Departamento de Cirurgia e, entre 2010 e 2014, foi coordenador da Disciplina de Cirurgia do Trauma da FCM. Reconhecido por sua contribuição para o avanço da cirurgia do trauma no Brasil, tem atuado em pesquisa, ensino e extensão, ajudando a consolidar a disciplina como referência nacional. Sua carreira reflete um compromisso contínuo com a formação de novos profissionais, a produção científica de qualidade e a melhoria da assistência médica, especialmente no atendimento a vítimas de traumas.
