Área de identificação
Tipo de entidade
Forma autorizada do nome
Forma(s) paralela(s) de nome
- Centro de Pastoral Vergueiro
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) de nome
identificadores para entidades coletivas
Área de descrição
Datas de existência
Histórico
O Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro, originalmente Centro Pastoral Vergueiro (CPV), foi fundado em 15 de novembro de 1973, por um grupo de frades dominicanos da cidade de São Paulo. Sob a liderança do frei de origem italiana Giorgio Callegari (1936-2003), o projeto tinha como objetivo prestar serviços aos movimentos operários, sindicais, como também às paróquias da periferia, através da divulgação de material mimeografado, servindo de instrumento de conscientização para as classes populares. Para tanto, o CPV contava com a colaboração de estudantes universitários, professores, profissionais liberais e militantes de organizações de esquerda. Suas tarefas resumiam-se em reunir documentação escrita, principalmente recortes de jornais, organizar documentos e livros recebidos como doação. Nas décadas de 1970 e 1980, o CPV apoiou a organização de movimentos independentes de governos, Estado, partidos políticos, entidades religiosas, que buscassem a construção da consciência de classe e uma sociedade igualitária, sem exploração. Voltou sua atuação para setores de oposições sindicais urbanas e rurais, de São Paulo e de outros estados, grupos de alfabetização, pastorais, grupos de bairros, entre outros. Nesse período, foi irradiador e difundidor de informações e materiais populares produzidos por grupos, entidades e centros de documentação de todas as regiões do país. Foi criado um serviço chamado Núcleo de Correspondência, para realizar envios mensais, pelo correio, de documentos pré-selecionados em seu acervo, de acordo com a temática de interesse do assinante. A partir de 1975, verificou-se a necessidade de contratar pessoal para trabalhar em tempo integral no trato com a documentação. No final da década de 1970 e início dos anos 1980, a prioridade da documentação deixou de ser recortes de jornais, para reunir documentos de movimentos sindicais e populares. É também dessa época o surgimento de um setor de documentação audiovisual. A partir de 1985/86, em função de todo o seu acervo documental e da experiência acumulada, o CPV desenvolveu também um serviço de divulgação e venda de publicações a preços populares, abrangendo o território nacional e parte da América Latina. A maior parte desse material era impressa em gráfica própria. Com o passar do tempo, e procurando responder às necessidades concretas das lutas populares, passou a orientar os movimentos na tarefa de documentar suas próprias lutas e enriquecer suas práticas sociais. Encerrou definitivamente suas atividades em 2020.
Locais
São Paulo (SP)