Os manifestos que compõem a série são provenientes da Coordenadoria Estadual do MNU – SP, mas também de uma parceria do MNU com outras entidades ligadas ao Movimento Negro. Os diversos temas abordados são: o dia 13 de maio como o Dia Nacional contra o Racismo; o malufismo em São Paulo; contra os skinheads; contra a violência policial; contra as torturas na FEBEM; pela Marcha Zumbi + 10; manifesto de repúdio à posição da DRT-SP frente à 3º. Conferência Estadual de Saúde de São Paulo e, por fim, manifesto por educação na periferia.
A presente série é composta por petição; boletim de ocorrência; inquérito policial e representação. Estão presentes os seguintes assuntos: massacre da Casa de Detenção de São Paulo; roubo praticado por morador de rua negro; violência policial; contra policiais militares pelo assassinato do dentista Flávio Ferreira Sant’ Ana; contra a psicóloga do Hospital das Clínicas de Taubaté e homicídio.
A série contém alguns dos sambas-enredo da Escola de Samba 28 de Setembro, entre os quais: “No reino da congada” (1982), “Peabirú e a terra rasgada” (1984), “Carmem do Brasil” (2004), “Terra rasgada ontem, hoje e sempre” (2009), “Raça e futebol” (2010) e “Fantástico mundo novo”.
Os prospectos trazem a divulgação de eventos políticos e culturais com destaque para a questão da Igualdade Racial. Reúne propagandas políticas dos deputados: Luiz Alberto; Beto Custódio; Janete Rocha Pietá e Tiãozinho. Agrega também manifestos em defesa das cotas para negros; pela redução da maioridade penal; a criação da Comissão Municipal de Direitos Humanos e, por fim, a candidatura de Benedita da Silva à Presidência da República do Brasil.
Os documentos da série “Texto” contêm, entre outros documentos, reflexões para uma espiritualidade africana e uma africanidade espiritualizada, cujo texto foi apresentado por Ivo Pereira de Queiróz (MNU-PR) para ser discutido com os filiados do Movimento. Conta também com considerações de Hamilton Borges Walê sobre o papel da comunidade nos meios de comunicação; um material didático produzido pelo MNU, junto com o Ylê Aiyê e o Grupo Ginga, sob o título “A Princesa esqueceu de assinar nossa carteira de trabalho”, como crítica ao processo de libertação dos escravos a partir da Lei Áurea. Por fim, conta com um documento textual, sem autoria, que cita o documento de Adé Dudu.
A série reúne, em sua maioria, prospectos de divulgação dos eventos realizados pela Sociedade Cultural e Beneficente 28 de Setembro, tais como bailes, shows musicais, concurso de “Miss Afro” e “Mister Afro”, além de feira de arte e mostra sobre cultura afro-brasileira. Contém ainda um manifesto de autoria de José Carlos dos Santos sobre a importância do 20 de Novembro e uma nota de repúdio produzida pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
