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Notice d'autorité
Personne · 21 de fevereiro de 1864 (nascimento) - 28 de novembro de 1934 (falecimento)

Filho de Antônio da Fonseca Coelho e Ana Silvestre Coelho, Henrique Maximiano Coelho Neto nasce em Caxias, MA, em 21 de fevereiro de 1864.
Aos seis anos de idade, Coelho Neto muda-se com os pais para o Rio de Janeiro. Inicia-se nas leituras com um tio e cursa os estudos primários e secundários no Colégio São Bento e no Colégio Pedro II. Coelho Neto inicia o curso de Medicina, mas logo desiste de sua realização e, em 1883, matricula-se na Faculdade de Direito de São Paulo. Ali, envolve-se num movimento dos estudantes contra um professor e, prevendo represálias, transfere-se para Recife, onde cursa apenas o primeiro ano de Direito, curso que não chegará a concluir.
Em seguida, Coelho Neto regressa a São Paulo, filiando-se ao movimento abolicionista e republicano. De volta ao Rio de Janeiro, passa a se dedicar ao Jornalismo, trabalhando em prol das ideias às quais se vincula.
Em 1890, Coelho Neto casa-se com Maria Gabriela Brandão, com quem terá quatorze filhos, e é nomeado para o cargo de secretário do Governo do Estado do Rio de Janeiro. No ano seguinte, torna-se Diretor dos Negócios do Estado. Em 1892, é professor de História da Arte da Escola Nacional de Belas Artes e, mais tarde, professor de Literatura do Colégio Pedro II. Em 1910, é nomeado professor de História do Teatro e Literatura Dramática da Escola de Arte Dramática, sendo logo depois diretor do estabelecimento. Também exerce as atividades de professor de Literatura em Campinas/SP.
Eleito deputado federal pelo Maranhão, em 1909, Coelho Neto é reeleito no ano de 1917. Também exerce a ocupação de secretário-geral da Liga de Defesa Nacional e membro do Conselho Consultivo do Teatro Municipal.
Além de ocupar vários cargos públicos, Coelho Neto multiplica a sua atividade em revistas e jornais, no Rio de Janeiro e em outras cidades. Atua na área das Letras e frequenta rodas literárias. Forma um grupo juntamente com Olavo Bilac, Luís Murat, Guimarães Passos e Paula Ney, romanceando a história dessa geração na obra "A Conquista", de 1899.
Ao longo de suas atividades relacionadas à área da escrita, cultiva praticamente todos os gêneros literários, deixando uma obra extensa entre poesia, romances, contos, narrativas históricas e bíblicas, lendas, memórias, conferências, antologias, crônicas, livros didáticos, teatro, além de volumes inéditos. Destaca-se da sua obra os livros de contos "Sertão" (1896), "Treva" (1906) e "Banzo" (1913); os romances "Turbilhão" (1906), "Miragem" (1895), "Inverno em flor" (1897); as memórias romanceadas "A capital federal" (1893), "A conquista" (1899), "Fogo fátuo" (1929) e "Mano" (1924); as peças teatrais "Neve ao sol", "A muralha", "Quebranto" e "O dinheiro".
Em 1928, Coelho Neto é eleito "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", através de concurso público realizado pelo periódico "O Malho". Fundador da Cadeira número 2 da Academia Brasileira de Letras, recebe os acadêmicos Osório Duque-Estrada, Mário de Alencar e Paulo Barreto.
Coelho Neto falece no dia 28 de novembro de 1934, no Rio de Janeiro.

Fernandes, José Genésio
Personne · 25/08/1946 -

José Genésio Fernandes nasce numa região de roça chamada Barra, pertencente ao município de Maria da Fé, Minas Gerais, em 25 de agosto de 1946. É filho de Joaquim Fernandes Filho e de Julia de Souza Fernandes.

Como de costume na época, Genésio Fernandes passa a trabalhar na lavoura a partir dos seis anos de idade, ajudando os pais no plantio de itens para consumo da família. Na época, também os ajudava no trabalho que faziam para fazendeiros da região, com o objetivo de poderem comprar aquilo que não produziam.

Genésio Fernandes cursa seus estudos iniciais na escola rural Luiz Francisco Ribeiro. No final dos anos 50, missionários do Sagrado Coração passam férias na região da Barra, com um grupo de alunos. Genésio, a princípio, nega o convite para ir estudar com o grupo, mas, numa segunda visita, dois anos depois, muda de ideia e, em 1960, vai para Itajubá, Minas Gerais, estudar no Instituto Padre Nicolau. Nesse período, trabalha em teatro e faz pintura de cenário.

Em 1967, ainda sob a tutela dos missionários, segue para Pirassununga, São Paulo, para dar sequência aos estudos. É nesse ano que inicia sua trajetória nas Artes Plásticas, pintando pequenos cartões a guache, prosseguindo também no teatro.

Em 1969, termina o Curso Clássico. Em sequência, iria para Campinas, São Paulo, estudar Filosofia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mas é dispensado pelos missionários por ter um "gosto artístico muito acentuado" e por ter "dificuldade de cumprir regras e horários". Volta, então, para Itajubá, trabalhando como ajudante em uma churrascaria, como vigia em um colégio, e pintando paisagens para ajudar nas despesas. Nesse período, recebe ajuda de alguns clientes da churrascaria para pagar a taxa do vestibular e ingressa no curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Itajubá.

Em 1970, ganha uma viagem e a matrícula no Festival de Inverno de Ouro Preto, onde participa do curso Pintura-iniciação, obtendo, ao final do Festival, o primeiro prêmio. É contratado pelo estado de Minas Gerais para dar aulas no primeiro e segundo grau no município de Piranguinho, vizinho de Itajubá, onde permanece por quatro anos.

Em 1972, Genésio Fernandes conclui a graduação. Em 1974, passa em concurso e começa a trabalhar nas Escolas Polivalentes, em Minas Gerais. Entretanto, três anos depois, insatisfeito com o salário e com os atrasos no pagamento, decide - convidado por um amigo - ir para o Acre, a fim de trabalhar como gerente em uma empresa de eletricidade e de construção de estradas, permanecendo ali por dois anos. Começa, então, a trabalhar com Francisco Gregório Filho, no Departamento de Assuntos Culturais de Rio Branco, fundando com ele a primeira escolinha de arte do estado.

Em 1978, começa a ministrar aulas de Literatura Brasileira e Teoria Literária, na Universidade Federal do Acre (UFAC). Nessa época, participa ativamente da vida cultural de Rio Branco, escrevendo sobre pintores e organizando exposições. Em 1979, leva a primeira exposição de artistas do Acre para Brasília. Entre 1979 e 1982, muda-se para Recife, para fazer mestrado em Teoria Literária na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), escrevendo sobre Osman Lins. Nesse período, expõe no Centro de Artes da UFPE e na Galeria Três Galeras.

Em 1983, retorna ao Acre para dirigir o Campus Avançado de Xapuri, da UFAC. Envolve-se com questões sociais e com a luta do seringueiro, sindicalista e ativista ambiental Chico Mendes. Passa a sofrer perseguições políticas e, temendo as ameaças que vinha sofrendo, deixa a cidade. Retorna a Rio Branco para lecionar na UFAC, onde permanece até 1990. No ano seguinte, muda-se para Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e começa a ministrar aulas no curso de Letras e de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ali, cria e edita a revista "Rabiscos de Primeira", destinada a publicações de trabalhos acadêmicos de alunos.

Em 1996, inicia o doutorado em Semiótica e Linguística Geral na Universidade de São Paulo (USP). Obtém, em concurso, uma bolsa para passar um ano em Paris. Entre setembro de 1998 e setembro de 1999, faz cursos na Ecole des Hautes Études en Sciences Sociales, Université de Paris VIII (Vincennes-Saint-Denis) e Université de Paris X (Nanterre). Em 2000, conclui o doutorado com a tese "Leitoras de Sabrina: usuárias ou consumidoras? (Um estudo da prática leitora dos romances sentimentais de massa)". Passa a ministrar aulas e realiza orientações na pós-graduação da UFMS até 2009, ano em que se aposenta e volta a morar na Barra, sua terra natal. Nessa região, atualmente ajuda a preservar uma floresta e continua pintando e desenhando.

Genésio Fernandes recebe, ao longo dos anos, os seguintes prêmios na área da Pintura: Primeiro Prêmio no Salão de Artes do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia de Itajubá - MG (1972); Terceiro Prêmio "Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul - FIEMS" no X Salão de Artes Plásticas de Mato Grosso do Sul (1997) e Segundo Prêmio "Governo do Estado de MS" no XI Salão de Artes Plásticas de MS (1998). Participa, também, de diversas coletivas, destacando-se: Pintores Acreanos em Brasília (1978); XII Salão de Artes Plásticas da UFPE, Recife (1981): Mestres e Contemporâneos; Galeria Rodrigues, Recife (1980); Galeria 3 Galeras, Olinda - PE; Galeria Sol, São José dos Campos - SP (1984); Galeria de Arte da UFAC, Rio Branco (1986) e XII Salão de Artes Plásticas de MS, Campo Grande (2001).

Individualmente, Genésio Fernandes expôs na Galeria do Hotel Chuí, Rio Branco (1977); Centro de Artes e Comunicação da UFPE; Galeria Rodrigues, Recife (1980); na Universidade da Flórida - EUA, em Miami, Gainesville e Telahasse (todas em 1987); Galeria de Arte da UFAC, Rio Branco (1991 e 1994). Em Campo Grande - MS, expôs: na Galeria do Banco do Brasil (1993); no Museu de Arte Contemporânea - MARCO (1995, 2003, 2004, 2007, 2009); na Morada dos Bais (1996); no Centro Cultural José Octávio Guizzo (2001); e Galeria do SESC - Horto (2002). Atualmente, Genésio Fernandes conta com mais de 130 obras no acervo do Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul - MARCO.

Collectivité · 1973-2020

O Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro, originalmente Centro Pastoral Vergueiro (CPV), foi fundado em 15 de novembro de 1973, por um grupo de frades dominicanos da cidade de São Paulo. Sob a liderança do frei de origem italiana Giorgio Callegari (1936-2003), o projeto tinha como objetivo prestar serviços aos movimentos operários, sindicais, como também às paróquias da periferia, através da divulgação de material mimeografado, servindo de instrumento de conscientização para as classes populares. Para tanto, o CPV contava com a colaboração de estudantes universitários, professores, profissionais liberais e militantes de organizações de esquerda. Suas tarefas resumiam-se em reunir documentação escrita, principalmente recortes de jornais, organizar documentos e livros recebidos como doação. Nas décadas de 1970 e 1980, o CPV apoiou a organização de movimentos independentes de governos, Estado, partidos políticos, entidades religiosas, que buscassem a construção da consciência de classe e uma sociedade igualitária, sem exploração. Voltou sua atuação para setores de oposições sindicais urbanas e rurais, de São Paulo e de outros estados, grupos de alfabetização, pastorais, grupos de bairros, entre outros. Nesse período, foi irradiador e difundidor de informações e materiais populares produzidos por grupos, entidades e centros de documentação de todas as regiões do país. Foi criado um serviço chamado Núcleo de Correspondência, para realizar envios mensais, pelo correio, de documentos pré-selecionados em seu acervo, de acordo com a temática de interesse do assinante. A partir de 1975, verificou-se a necessidade de contratar pessoal para trabalhar em tempo integral no trato com a documentação. No final da década de 1970 e início dos anos 1980, a prioridade da documentação deixou de ser recortes de jornais, para reunir documentos de movimentos sindicais e populares. É também dessa época o surgimento de um setor de documentação audiovisual. A partir de 1985/86, em função de todo o seu acervo documental e da experiência acumulada, o CPV desenvolveu também um serviço de divulgação e venda de publicações a preços populares, abrangendo o território nacional e parte da América Latina. A maior parte desse material era impressa em gráfica própria. Com o passar do tempo, e procurando responder às necessidades concretas das lutas populares, passou a orientar os movimentos na tarefa de documentar suas próprias lutas e enriquecer suas práticas sociais. Encerrou definitivamente suas atividades em 2020.

Leonidas Helmuth Barbler Hegenberg
Personne

Leonidas Helmuth Barbler Hegenberg licenciadou-se em Física pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade Mackenzie (1947-1950) e em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade de São Paulo (1955-1958) e pós-graduado na Universidade de Califórnia, Berkeley, E.U.A. (1960-1962). Prestou concurso e foi admitido no I.T.A. em 1950, onde passou a lecionar a partir dessa data no departamento de Matemática e de 1960 em diante, no departamento de Humanidades. É professor titular desse Instituto.
Leonidas Hegenberg foi responsável pelo setor de Lógica, no programa de pós-graduação da Universidade Católica de São Paulo (1970-1975) e esteve associada a FFCL de Assis (1963-1964), a FFCL de Presidente Prudente(1964), a Escola de Engenharia de Guaratinguetá (1969-1972), ao setor de pós-graduação do Instituto de Pesquisas Espaciais (1971-1973), e a Escola de Comunicação e Artes da USP (1974), além de ministrar cursos em várias capitais brasileiras.
O Professor Leônidas Hegenberg exerceu ainda cargosadministrativos no ITA e tornou-se membro de diversassociedades científicas, como por exemplo, o InstitutoBrasileiro de Filosofia, Philosophy of ScienceAdministration, The British for the Philosophy ofScience, Sociedade Paranaense de Matemática, Association for Symbolic Logic, entre outras.